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Garis são escoltados durante limpeza das ruas do Rio

Equipes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana estão saindo hoje para trabalhar escoltadas por seguranças privados e policiais militares

Gari leva cartaz durante protesto no Rio de Janeiro: movimento quer um encontro com representantes da prefeitura para negociar nova proposta de ajuste salarial (Tomaz Silva/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 11h31.

Rio de Janeiro -Equipes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) estão saindo hoje (7) para trabalhar escoltadas por seguranças privados e policiais militares.

Segundo a assessoria de imprensa da companhia, nem todas as equipes estão sendo escoltadas.

A prioridade foi dada aos grupos que estão trabalhando em áreas onde houve piquetes ontem.

Uma equipe que trabalhava na limpeza da Avenida Presidente Vargas, no centro, contava com o apoio de um carro do Batalhão de Choque da Polícia Militar .

Já na Rua Uruguaiana, também no centro, uma equipe de oito garis trabalhava sem qualquer escolta. Uma das trabalhadoras, que presta serviços há seis meses na Comlurb e não quis se identificar, disse ter receio de ser atacada por grevistas.

“Ontem houve colegas que tiveram que correr e se esconder em um quartel da Guarda Municipal. Estou com medo, pois da mesma forma que surgiram [os grevistas] do nada ontem, quem garante que não aparecerão hoje de novo?”

Líder do movimento grevista, Celio Viana disse que não acredita que as agressões tenham partido de garis que resolveram aderir à paralisação.

“O gari não tem essa índole de agredir o companheiro de trabalho. Não dá para dizer quem está fazendo essas agressões. Cabe à polícia investigar.”


Segundo ele, a greve continua até que algum representante da prefeitura se reúna com os trabalhadores para ouvir e atender as reivindicações.

Na região da Uruguaiana, a quantidade de lixo era grande e forte cheiro tomava conta das ruas.

A lojista do Mercado popular da Uruguaiana Eunice Tambarelli reclamava do fedor. “Isto aqui virou uma verdadeira lixeira. Hoje tivemos que limpar o mercado. Mas não é só aqui. Venho da Vila da Penha [zona norte] e de lá para cá há lixo por toda a cidade”.

Neste momento, os grevistas fazem um protesto em frente à sede da Comlurb, na zona norte da cidade. A paralisação começou no último sábado (1º).

Renato Sorriso, conhecido por desfilar no carnaval do Rio sambando e varrendo a pista da Marquês de Sapucaí, também participa do protesto. “Estamos lutando por nossos direitos. Não sou cachorro, sou gari. Acho importante essa mobilização, mas sem agressão.”

A assessoria de imprensa da Comlurb não soube dizer quantos garis aderiram à greve.

O movimento quer um encontro com representantes da prefeitura para negociar nova proposta de ajuste salarial e melhores condições de trabalho, em vez da que foi acordada pelo sindicato e pela Comlurb na segunda feira e que prevê aumento de cerca de R$ 70. Os garis reivindicam um reajuste de R$ 400.

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Segundo a assessoria de imprensa da companhia, nem todas as equipes estão sendo escoltadas.

A prioridade foi dada aos grupos que estão trabalhando em áreas onde houve piquetes ontem.

Uma equipe que trabalhava na limpeza da Avenida Presidente Vargas, no centro, contava com o apoio de um carro do Batalhão de Choque da Polícia Militar .

Já na Rua Uruguaiana, também no centro, uma equipe de oito garis trabalhava sem qualquer escolta. Uma das trabalhadoras, que presta serviços há seis meses na Comlurb e não quis se identificar, disse ter receio de ser atacada por grevistas.

“Ontem houve colegas que tiveram que correr e se esconder em um quartel da Guarda Municipal. Estou com medo, pois da mesma forma que surgiram [os grevistas] do nada ontem, quem garante que não aparecerão hoje de novo?”

Líder do movimento grevista, Celio Viana disse que não acredita que as agressões tenham partido de garis que resolveram aderir à paralisação.

“O gari não tem essa índole de agredir o companheiro de trabalho. Não dá para dizer quem está fazendo essas agressões. Cabe à polícia investigar.”


Segundo ele, a greve continua até que algum representante da prefeitura se reúna com os trabalhadores para ouvir e atender as reivindicações.

Na região da Uruguaiana, a quantidade de lixo era grande e forte cheiro tomava conta das ruas.

A lojista do Mercado popular da Uruguaiana Eunice Tambarelli reclamava do fedor. “Isto aqui virou uma verdadeira lixeira. Hoje tivemos que limpar o mercado. Mas não é só aqui. Venho da Vila da Penha [zona norte] e de lá para cá há lixo por toda a cidade”.

Neste momento, os grevistas fazem um protesto em frente à sede da Comlurb, na zona norte da cidade. A paralisação começou no último sábado (1º).

Renato Sorriso, conhecido por desfilar no carnaval do Rio sambando e varrendo a pista da Marquês de Sapucaí, também participa do protesto. “Estamos lutando por nossos direitos. Não sou cachorro, sou gari. Acho importante essa mobilização, mas sem agressão.”

A assessoria de imprensa da Comlurb não soube dizer quantos garis aderiram à greve.

O movimento quer um encontro com representantes da prefeitura para negociar nova proposta de ajuste salarial e melhores condições de trabalho, em vez da que foi acordada pelo sindicato e pela Comlurb na segunda feira e que prevê aumento de cerca de R$ 70. Os garis reivindicam um reajuste de R$ 400.

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