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Forças Armadas ficarão no Rio até o final de 2018, diz ministro

Para o ministro da Defesa, o fato do estado continuar necessitando do apoio federal não significa que a ação militar tenha fracassado

Membro das Forças Armadas em operação na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro (Bruno Kelly/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de dezembro de 2017 às 15h27.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, confirmou que o efetivo de militares do Exército, Marinha e Aeronáutica que desde julho atua junto aos órgãos de segurança pública do Rio de Janeiro será mantido no estado até o fim de 2018.

De acordo com o ministro, o presidente Michel Temer assinou hoje (29) o decreto que autoriza a prorrogação da participação de tropas das Forças Armadas em ações para garantia da lei e da ordem no estado.

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Na próxima semana, Jungmann e os ministros da Justiça, Torquato Jardim, e do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, devem se reunir com o governador Luiz Fernando Pezão para definir um protocolo onde serão estabelecidos os deveres e ações de cada ente envolvido na atuação militar.

"Estabeleceremos os compromissos dos governos federal e estadual a fim de torná-los públicos para que a sociedade possa acompanhar o cumprimento daquilo com que [cada ente] se comprometeu", disse Jungmann, que tem repetido que os problemas de segurança pública dos estados não serão resolvidos pelas Forças Armadas.

A autorização presidencial para emprego das Forças Armadas no Rio de Janeiro, em vigor desde 28 de julho, se encerra no próximo domingo (31).

Ontem, ao fazer balanço das ações do Ministério da Defesa ao longo deste ano, Jungmann já tinha antecipado que o Palácio do Planalto autorizaria a permanência dos militares em território fluminense. Para o ministro, o fato do estado continuar necessitando do apoio federal não significa que a ação militar tenha fracassado.

"Nós nunca nos propusemos a, neste período de tempo, resolver o problema da segurança pública no Rio de Janeiro. O [caso do] estado não é uma exceção, mas, infelizmente, está um passo adiante em termos de criticidade da [falta de] segurança, do nível de degradação em termos de violência", disse o ministro. "Há uma expectativa salvacionista em torno das Forças Armadas, que se dispuseram a ser auxiliares e não falharam absolutamente em nada. Até porque, não assumimos a segurança do Rio de Janeiro. Não se trata de uma intervenção."

De acordo com Jungman, a participação de efetivos das Forças Armadas nas ações de manutenção da segurança pública no Rio de Janeiro já custou cerca de R$ 42 milhões aos cofres da União. "Até aqui, as Forças Armadas têm, basicamente, trabalhado integradamente com os serviços de inteligência; varreduras quando necessário e o fechamento [dos acessos] às comunidades onde as forças policiais que conhecem o local possam atuar", afirmou.

 

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