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Fiocruz negocia com AstraZeneca e Serum compra de 2 milhões de vacinas prontas

Segundo a Fiocruz, a negociação está em andamento mas ainda não há data exata de quando essas doses chegariam no Brasil

Fiocruz: na semana passada, a Fiocruz recebeu um lote com 88 litros de IFA vindos da China (Ricardo Moraes/Reuters)

Fiocruz: na semana passada, a Fiocruz recebeu um lote com 88 litros de IFA vindos da China (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 21h22.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou nesta sexta-feira, 12 que está negociando a compra de 2 milhões de vacinas prontas contra a covid-19. Os cientistas da entidade também trabalham desde a semana passada para produzir aqui os imunizantes, com a chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). A aquisição de doses prontas seria uma forma de suprir a necessidade de mais vacinas no País neste momento.

A negociação está sendo feita com os laboratórios AstraZeneca, do Reino Unido, e Instituto Serum, da Índia. Segundo a Fiocruz, não há data exata para a chegada das doses. Em alguns locais, incluindo a capital do Rio, estima-se que possa faltar vacinas a partir da semana que vem, o que levaria a um atraso no calendário de vacinação.

Na semana passada, a Fiocruz recebeu um lote com 88 litros de IFA vindos da China. Armazenado a -55º na sede da fundação, na zona norte do Rio, o líquido é suficiente para produzir 2,8 milhões de doses. As primeiras vacinas fabricadas com esse material devem ser entregues ao Ministério da Saúde entre 12 e 15 de março, segundo previsão dos cientistas.

Outros dois lotes de IFA devem chegar da China ainda em fevereiro, em data ainda não definida. Ao todo, a Fiocruz espera receber em fevereiro IFA suficiente para produzir 15 milhões de doses do imunizante.

Anvisa autorização importação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta sexta-feira a importação de um lote adicional de doses da vacina da AstraZeneca-Oxford que estão sendo produzidas pelo Instituto Serum da Índia, a partir de uma solicitação feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Essa é a mesma vacina que no dia 17 de janeiro a Anvisa autorizou seu uso emergencial no país e que já está sendo aplicada na população brasileira.

"A aprovação se deu de forma célere, visando a manutenção do fornecimento de vacinas ao Programa Nacional de Imunizações – PNI/MS e a continuidade da vacinação dos grupos prioritários, em todo o país. O pedido entrou na Anvisa dia 10/02 e foi concedido dia 12/02", informou a agência.

No primeiro lote, foram autorizados dois milhões de doses da vacina AstraZeneca-Oxford. A agência não informou o quantitativo de vacinas para esse lote adicional.

Já a Fiocruz informou, em um comunicado também nesta sexta que não cita a decisão da Anvisa, que está em negociação com os parceiros AstraZeneca e Instituto Serum para a compra de mais dois milhões de doses.

"A iniciativa é parte de uma estratégia paralela à produção de vacinas a partir da chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), com o objetivo de contribuir com o fornecimento de vacinas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI/MS) frente ao quadro sanitário do país. Não há confirmação de data para a chegada dessas vacinas", informou.

Até o momento, foram autorizadas o uso emergencial das vacinas AstraZeneca e CoronaVac no país. A Fiocruz também já pediu registro de uso definitivo do imunizante da AstraZeneca na Anvisa, mas ainda não houve uma decisão do órgão.

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