Fiocruz indica tendência de melhora na ocupação de leitos de UTI por covid
A divergência entre o aumento nos registros de novos casos e a diminuição da mortalidade é explicada pelo avanço da vacinação contra a covid-19 no Brasil
Isabela Rovaroto
Publicado em 1 de julho de 2021 às 11h42.
Última atualização em 1 de julho de 2021 às 11h56.
A Fundação Oswaldo Cruz ( Fiocruz ) divulgou nesta quinta-feira, 1º, uma pesquisa que destaca a tendência de melhora na taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no sistema público de saúde. A nova edição do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, que informa a evolução da doença no Brasil, foi apurado entre os dias 20 e 26 de junho.
- Quer saber tudo sobre o ritmo da vacinação contra a covid-19 no Brasil e no Mundo? Assine a EXAME e fique por dentro.
O estudo sinaliza uma queda nos índices de mortalidade. Porém, os pesquisadores destacam que o país enfrenta um alto platô de transmissão, em patamar muito superior ao observado em 2020. O número de casos oscilou pouco, com queda de 0,2% ao dia, enquanto o de óbitos teve queda de 2,5% ao dia.
“É importante confrontar o comportamento das taxas de ocupação de leitos de UTI com os indicadores de incidência e mortalidade por Covid-19 nos estados e no Distrito Federal e buscar entender eventuais movimentações divergentes”, dizem os pesquisadores.
A divergência entre o aumento nos registros de novos casos e a diminuição da mortalidade é explicada pelo avanço da vacinação no país. Até esta quarta-feira, 30, o Brasil já vacinou 34,74% da população com ao menos com a 1ª dose contra a covid-19. Entre eles, 12,41% receberam a segunda dose e foram totalmente imunizados.
Apenas três estados apresentam taxas de ocupação de leitos iguais ou superiores a 90%: Tocantins, Paraná e Santa Catarina.
Outros quinze estados estão na zona de alerta intermediário, com índices variando entre 60% e 80%: Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Fora da zona de alerta, com ocupação de leitos de UTI inferior a 60% estão: Rondônia, Acre, Amapá e Paraíba.
Desde abril a curva de óbitos está em uma trajetória descendente. O Brasil passou a registrar cerca de 2 mil mortes diárias, o que ainda é um valor considerado muito alto e segundo o estudo, não permite afirmar que haja qualquer controle da pandemia no Brasil. A taxa de letalidade registrou uma pequena queda e agora é de 2,4 %.