Fifa reitera apoio à investigação sobre cambistas
Entidade disse está ciente da prisão de Ray Whelan, suspeito de liderar o mercado ilegal de ingressos da Copa
Da Redação
Publicado em 7 de julho de 2014 às 20h35.
Rio - A Fifa revelou nesta segunda-feira que está ciente da prisão de Ray Whelan, suspeito de liderar o mercado ilegal de ingressos da Copa do Mundo dentro da cúpula do futebol.
A entidade, contudo, evitou fazer comentários sobre o futuro da sua relação com a empresa Match Services, para a qual Whelan trabalha.
"A FIFA tomou conhecimento de que Ray Whelan, diretor do escritório de Acomodação da MATCH Services, provedora de serviços para a FIFA, foi levado do hotel Copacabana Palace pela polícia para prestar depoimento por suposta participação no que diz respeito à 'Operação Jules Rimet'", disse Delia Fischer, diretora de comunicação da entidade, em nota.
Na quadrilha desarticulada pela operação "Jules Rimet", no Rio de Janeiro, Ray Whelan estaria acima do franco-argelino Lamine Fofana, preso na semana passada.
Ainda que Whelan não seja um funcionário da Fifa, ele atua em nome da entidade na organização de pacotes e até do credenciamento de hotéis para a Copa.
Nos últimos dias, tem sido a porta-voz da Fifa quem tem respondido pelos problemas, e não o porta-voz da Match. A empresa é ainda controlada pela Infront, uma companhia que tem como acionista Phillip Blatter, sobrinho do presidente da Fifa, Joseph Blatter.
Sem comentar os detalhes da investigação, que desvendou um esquema de venda ilegal de ingressos que prosperava desde a Copa de 1998, a Fifa apenas disse que vai "continuar colaborando plenamente com as autoridades locais e fornecerá todos os detalhes solicitados para auxiliar nesta investigação em andamento".
"Conforme mencionado em diversas ocasiões, a FIFA gostaria de reiterar a sua posição firme contra qualquer forma de violação da lei criminal e dos regulamentos de emissão de ingressos. A FIFA está apoiando totalmente as autoridades de segurança nos nossos esforços conjuntos para reprimir todas as vendas de ingressos não autorizadas", registrou Delia Fischer.