Falta água em bairros de SP, mas Sabesp nega racionamento
Após relatos de falta d´água na zona norte, a zona oeste também começou a registrar interrupções
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2014 às 09h14.
São Paulo - Após relatos de falta d' água em diversos bairros da zona norte de São Paulo , a zona oeste também começou a registrar interrupções no abastecimento.
Moradores e comerciantes da Lapa relatam problemas no fornecimento há cerca de três semanas. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), no entanto, nega a ocorrência de racionamento ou rodízio de água.
"Desde o último sábado, estamos com o abastecimento reduzido: apenas uma hora pela manhã e uma hora no fim da tarde. Estou tendo de driblar as caixas para manter os apartamentos com água", afirma Luís Henrique Oseliero, síndico de um conjunto de duas torres residenciais na Rua George Smith, em que vivem cerca de mil pessoas.
No entanto, o trabalho do síndico não foi suficiente para manter todos os apartamentos abastecidos na manhã de ontem. "Um morador me ligou reclamando que não havia mais água e que ele teria de sair sem escovar os dentes. Mas já ligamos várias vezes para a Sabesp, e eles continuam dizendo que não há racionamento", relata.
Nas quadras próximas ao condomínio, estabelecimentos comerciais enfrentam o mesmo problema. Em um bar da Rua 12 de Outubro, o abastecimento tem sido interrompido por volta das 18h, de três a quatro vezes por semana, segundo o gerente. "Até as 23h, ficamos com a água armazenada da caixa dágua. Depois, volta durante a madrugada", diz Paulo Sérgio de Maria.
Ele afirma não ter procurado a Sabesp para saber o que acontece por acreditar que se trata de racionamento. "A gente sabe que é isso. E, como não chegou a faltar água na torneira ainda, não liguei. Mas as moças que trabalham nas lojas aqui perto estão reclamando muito", relata.
Em uma padaria na Rua Clemente Álvares, o problema começou na semana retrasada. Segundo um dos proprietários do estabelecimento, que prefere não se identificar, o abastecimento costumava ser interrompido à noite, mas na terça-feira faltou água durante o dia.
"Quando falta durante o dia, me quebra as pernas. O que todo mundo está falando é que não tem mais água na Lapa mesmo."
Morador do Butantã, também na zona oeste, ele contou ainda que a Sabesp tem interrompido o fornecimento na sua casa diariamente, da 0h às 4h.
A companhia diz que, "por causa de manobras técnicas operacionais para a transferência de vazões dos Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê para atendimento de alguns bairros, atualmente abastecidos pelo Sistema Cantareira, podem ocorrer eventuais momentos de desabastecimento, especialmente nos pontos altos".
Previsão.
A Sabesp afirma que, com o uso do volume morto, a partir desta quinta-feira, somado à previsão de que haverá até setembro, período da seca, o mínimo de chuvas dos últimos 80 anos, será possível chegar até outubro, início do período de chuvas, sem a necessidade de decretar o racionamento de água na cidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Após relatos de falta d' água em diversos bairros da zona norte de São Paulo , a zona oeste também começou a registrar interrupções no abastecimento.
Moradores e comerciantes da Lapa relatam problemas no fornecimento há cerca de três semanas. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), no entanto, nega a ocorrência de racionamento ou rodízio de água.
"Desde o último sábado, estamos com o abastecimento reduzido: apenas uma hora pela manhã e uma hora no fim da tarde. Estou tendo de driblar as caixas para manter os apartamentos com água", afirma Luís Henrique Oseliero, síndico de um conjunto de duas torres residenciais na Rua George Smith, em que vivem cerca de mil pessoas.
No entanto, o trabalho do síndico não foi suficiente para manter todos os apartamentos abastecidos na manhã de ontem. "Um morador me ligou reclamando que não havia mais água e que ele teria de sair sem escovar os dentes. Mas já ligamos várias vezes para a Sabesp, e eles continuam dizendo que não há racionamento", relata.
Nas quadras próximas ao condomínio, estabelecimentos comerciais enfrentam o mesmo problema. Em um bar da Rua 12 de Outubro, o abastecimento tem sido interrompido por volta das 18h, de três a quatro vezes por semana, segundo o gerente. "Até as 23h, ficamos com a água armazenada da caixa dágua. Depois, volta durante a madrugada", diz Paulo Sérgio de Maria.
Ele afirma não ter procurado a Sabesp para saber o que acontece por acreditar que se trata de racionamento. "A gente sabe que é isso. E, como não chegou a faltar água na torneira ainda, não liguei. Mas as moças que trabalham nas lojas aqui perto estão reclamando muito", relata.
Em uma padaria na Rua Clemente Álvares, o problema começou na semana retrasada. Segundo um dos proprietários do estabelecimento, que prefere não se identificar, o abastecimento costumava ser interrompido à noite, mas na terça-feira faltou água durante o dia.
"Quando falta durante o dia, me quebra as pernas. O que todo mundo está falando é que não tem mais água na Lapa mesmo."
Morador do Butantã, também na zona oeste, ele contou ainda que a Sabesp tem interrompido o fornecimento na sua casa diariamente, da 0h às 4h.
A companhia diz que, "por causa de manobras técnicas operacionais para a transferência de vazões dos Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê para atendimento de alguns bairros, atualmente abastecidos pelo Sistema Cantareira, podem ocorrer eventuais momentos de desabastecimento, especialmente nos pontos altos".
Previsão.
A Sabesp afirma que, com o uso do volume morto, a partir desta quinta-feira, somado à previsão de que haverá até setembro, período da seca, o mínimo de chuvas dos últimos 80 anos, será possível chegar até outubro, início do período de chuvas, sem a necessidade de decretar o racionamento de água na cidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.