Europa: países devem abrir as fronteiras em 1º de julho (Henry Nicholls/Reuters)
Clara Cerioni
Publicado em 11 de junho de 2020 às 12h37.
Última atualização em 11 de junho de 2020 às 13h40.
Com a iminência da reabertura das fronteiras da Europa em 1º de julho, após relaxamento das medidas de isolamento pela pandemia do novo coronavírus, a União Europeia anunciou que vai estabelecer restrições para a entrada de viajantes "não essenciais" de países onde a covid-19 não está controlada.
De acordo com um comunicado disponível no site da Comissão Europeia, os critérios ainda estão em discussão entre os países-membros do bloco, mas já foi definido que só serão permitidas a entrada de turistas provenientes de regiões onde a situação da covid-19 está igual ou melhor do que a UE.
A princípio, para proibir ou liberar os viajantes serão levados em conta o número de novas infecções no país de origem do turista, a tendência de transmissão do vírus e a resposta do governo daquele país no combate à doença, como política de testes, vigilância, rastreio de contatos, confinamento, tratamento e notificação.
Só com esses limites o Brasil já está automaticamente fora de ter a entrada liberada. Nas últimas semanas, a pandemia só avançou no país e não mostra sinais de se arrefecer.
O país já é o segundo em mais casos confirmados da covid-19, com 700.000 infectados. Só perde para os EUA que já bateu 2 milhões. Em relação às vítimas, que já se aproximam das 40 mil, o Brasil está na terceira posição, mas deve ultrapassar o Reino Unido nos próximos dois dias.
Em declaração publicada no site da Comissão Europeia, a Comissária para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, propôs "uma abordagem clara e flexível para eliminar as restrições às viagens para a UE a partir de 1 de julho".
"Embora todos tenhamos que tomar cuidado, chegou a hora de fazer os preparativos concretos para suspender as restrições com países cuja situação de saúde é semelhante à da UE e para retomar as operações de vistos".
Apesar das restrições, o comunicado da Comissão diz que elas não serão aplicadas para quem viaja para estudar e para trabalhadores altamente qualificados de fora da UE caso seu emprego seja "necessário do ponto de vista econômico e o trabalho não puder ser adiado ou realizado no exterior".