Mosquito Aedes aegypti: Os próximos US$ 15 milhões, cujo anúncio se espera para os próximos dias, terão como objetivo melhorar a preparação global para futuros surtos. (Marvin Recinos / AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2016 às 22h50.
Washington, 10 ago (EFE).- A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) destinará US$ 15 milhões a programas inovadores na luta contra a zika focados no atual surto que atinge, principalmente, a América Latina.
Os 21 programas escolhidos são "muito diversos" e vão desde o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus, até a proteção pessoal, afirmou nesta quarta-feira à Agência Efe Wendy Taylor, diretora da agência para a inovação em saúde global.
Esta é a primeira parte de um concurso de US$ 30 milhões convocado pela Usaid e no qual participaram entidades de todo o mundo, com o duplo objetivo de atender o atual surto de zika e de melhorar a preparação para outros futuros.
Os primeiros US$ 15 milhões serão destinados a conter o avanço do vírus na América Latina com projetos que serão testados em países como Brasil, Colômbia, México, Honduras e Guatemala.
Os próximos US$ 15 milhões, cujo anúncio se espera para os próximos dias, terão como objetivo melhorar a preparação global para futuros surtos.
Para esta iniciativa, a Usaid "redirecionou" fundos que estavam alocados para o último surto de ebola, ocorrido entre 2014 e 2016.
"Uma das apostas mais revolucionárias é infectar mosquitos com a bactéria Wolbachia, que impede que transmitam o vírus aos humanos. Mas também temos outra de sandálias tratadas para prevenir as picadas e de muito baixo custo", explicou Taylor.
Outra das ideias inovadoras é um aplicativo para telefones celulares que mede a frequência da batida das asas do mosquito não só para distinguir de que tipo é, mas também para detectar se leva o vírus.
A Usaid lançou este concurso em abril deste ano e, em apenas nove semanas, recebeu cerca de 900 propostas de todo o mundo. Entre as ganhadoras há ideias de Austrália, Tanzânia e Reino Unido. EFE