Acordo com estados; Cunha renuncia?…
Luz no horizonte O presidente interino Michel Temer selou um acordo com os governadores sobre as dívidas dos estados com a União para suspender o pagamento até o final de 2016. Depois disso, os governadores voltariam a pagar, mas com desconto regressivo, até chegar ao pagamento de 60% da dívida, em julho de 2017. Esse percentual […]
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2016 às 19h02.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h21.
Luz no horizonte
O presidente interino Michel Temer selou um acordo com os governadores sobre as dívidas dos estados com a União para suspender o pagamento até o final de 2016. Depois disso, os governadores voltariam a pagar, mas com descontoregressivo, até chegar ao pagamento de 60% da dívida, em julho de 2017. Esse percentual de desconto seria mantido até o finaldo ano. A partir de janeiro 2018, o desconto voltaria a cair 10 pontos a cada bimestre até que, em julho daquele ano, os estados voltariam a pagar 100% das parcelas de suas dívidas. Segundo Temer, estados que obtiveram liminares para impedir pagamentos terão 24 meses para honrar suas dívidas a partir de julho.Como contrapartida dos estados, será inserida a limitação de gastos públicosestaduaisno projeto que tramita no Congresso. Temer classificou o acordo como uma “luz” que se acendeu no horizonte.
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Doleira em casa
Depois de acertar sua delação premiada, a doleira Nelma Kodama deixou a prisão nesta segunda-feira. Kodama foi a primeira detida na Operação Lava-Jato, em março de 2014. Desde então, vem negociando uma colaboração com a Justiça. Os termos de sua delação ainda não foram homologados pelo juiz Sergio Moro. Ela promete detalhar como mudanças na regulamentação bancária facilitaram a abertura de contas ocultas no exterior para lavar dinheiro. Agora permanecerá em prisão domiciliar, monitorada por uma tornozeleira. Nelma Kodama tornou-se famosa ao cantar a música Amada Amante, de Roberto Carlos, durante uma sessão da CPI da Petrobras.
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Cardozo quer áudios
Na Comissão do Impeachment do Senado, o ex-ministro José Eduardo Cardozo pediu a inclusão dos áudios da delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado no processo de afastamento de Dilma Rousseff. O pedido já havia sido feito ao presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, que negou a petição. Segundo Cardozo, os áudios do peemedebista são tema central porque demonstram que o impedimento de Dilma foi articulado para interferir na Lava-Jato. Os senadores terão de analisar o pedido.
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Cunha renuncia?
Um dos principais aliados do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o deputado Carlos Marum afirmou nesta segunda-feira que o parlamentar carioca já demonstra menos resistência à ideia de renunciar ao cargo. Segundo Marun, ele não nega mais com a mesma veemência, mas “não está decidido a renunciar”. Na terça-feira 21, Cunha dará uma entrevista coletiva para rebater as acusações feitas a ele.
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O banco-empreiteiro
O executivo Vinícius Veiga Borin, que revelou à Lava-Jato que a empreiteira Odebrecht comprou um banco para repassar propinas no exterior, informou também que a movimentação financeira da instituição foi de pelo menos 1,6 bilhão de dólares. Segundo Borin, as transferências “suspeitas” somaram pelo menos 132 milhões de dólares. O executivo trabalhou no banco de 2006 a 2010.
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Peixe na disputa
Embaralhando a corrida eleitoral, o senador Romário Farias voltou atrás e anunciou nesta segunda-feira sua pré-candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro. O agora pré-candidato afirmou que se sente preparado para a função, embora nunca tenha exercido um cargo executivo, e que está pronto para “os baixos ataques que sofrerei durante a campanha”. O ex-atacante aproveitou para alfinetar os adversários: “Quando me candidatei ao Senado, falaram em falta de experiência. Hoje a gente vê o quadro político e vê que os mais experientes estão indo parar em cana”.