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Esposa e policial são detidos por assassinato de embaixador grego

"Ela teria planejado junto com o policial militar toda a organização do crime", afirmou delegado

Polícia: os três suspeitos foram enviados à prisão de maneira preventiva durante os próximos 30 dias (Ricardo Moraes/Reuters)
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EFE

Publicado em 30 de dezembro de 2016 às 21h51.

Última atualização em 30 de dezembro de 2016 às 22h03.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou nesta sexta-feira o assassinato do embaixador grego no Brasil, Kyrgiakos Amiridis, achado na quinta-feira no interior de um veículo incinerado em Nova Iguaçu, e deteve três pessoas envolvidas no crime, entre elas sua esposa e um policial.

A informação foi confirmada em entrevista coletiva pelo delegado Evaristo Magalhães, da Unidade de Homicídios da Baixada Fluminense, que declarou que se trata de "um crime passional", uma vez que a esposa e o policial tinham uma relação extramatrimonial.

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"Ela teria planejado junto com o policial militar toda a organização do crime", afirmou Magalhães.

Os três suspeitos foram enviados à prisão de maneira preventiva durante os próximos 30 dias, prorrogáveis por mais 30.

Segundo as investigações, o policial Sérgio Gomes Moreira foi o autor material do crime, contando com a ajuda de seu primo para desfazer-se do corpo, achado "completamente calcinado" na quinta-feira dentro de um veículo queimado, situado sob um viaduto, na entrada de Nova Iguaçu.

As causas da morte de Amiridis ainda não foram esclarecidas.

O primo do policial envolvido, que também foi detido, confessou em depoimento à polícia que a esposa do diplomata, a brasileira Françoise Amiridis, lhe contratou e lhe "ofereceu pessoalmente R$ 80.000" para realizar o crime.

Magalhães comentou que foi a própria mulher, acompanhada de seu advogado, que fez na quinta-feira a denúncia sobre o desaparecimento de seu marido, de 59 anos, que passava no Rio suas férias de final de ano.

As câmeras de segurança da região e as contradições nas sucessivas declarações de Françoise ajudaram as autoridades a descartar a hipótese do sequestro e começar a trabalhar com a do assassinato.

Kyrgiakos Amiridis foi cônsul da Grécia no Rio de Janeiro entre 2001 e 2004 e tinha assumido como embaixador em Brasília no início de 2016.

O diplomata era advogado, formado na Universidade de Aristóteles de Tesalónica, e costumava passar algumas temporadas no Rio de Janeiro, onde sua família tem residência.

Amiridis começou sua carreira diplomática em 1985 e antes de assumir como embaixador em Brasília foi titular na Líbia entre 2012 e 2016.

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