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Empresários insistem que desoneração da folha seja votada ainda neste ano

Pedido ocorreu durante o almoço realizado em Brasília nesta terça-feira

Pedi que a desoneração ainda saia neste ano. É difícil, mas não é impossível", avaliou o presidente do Instituto Unidos Brasil (IUB) (Andressa Anholete/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de outubro de 2022 às 16h45.

Última atualização em 18 de outubro de 2022 às 17h04.

Durante almoço realizado em Brasília nesta terça-feira, 18, empresários insistiram que a desoneração da folha de pagamentos seja votada ainda neste ano pelo Congresso Nacional . "Pedi que a desoneração ainda saia neste ano. É difícil, mas não é impossível", avaliou o presidente do Instituto Unidos Brasil (IUB) e da Associação de Lojistas de Shopping Centers ( Alshop ), Nabil Sahyoun.

Para o membro do IUB e CEO da Yalo, Antônio Castilho, o papel do instituto é o de provocar o debate. "Depois de passar por um debate pela sociedade, tem de passar para as comissões", salientou.

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A proposta do IUB é clara, de acordo com ele, mas não é a única apresentada até aqui. O empresário enfatizou que nenhuma proposta da entidade visa a aumentar impostos.

O presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nesse, também voltou a defender a recriação da CPMF para financiar essa desoneração. Como argumento a favor da contribuição, ele reforçou que se trata de uma tributação paga "por todos", desde o bandido até o fiel que entrega o dízimo à Igreja.

Nesse relatou que conversou com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) na semana passada sobre o assunto. "Não gostam da CPMF e dão como desculpa ficarem atrelados com o governo para fazerem a arrecadação", descreveu.

Apesar disso, o presidente da CNS disse que os empresários estão abertos a receber alternativas ao financiamento da desoneração. "Falar de CPMF na Febraban é proibido, mas aceitaram conversar sobre o assunto. Todo mundo é favorável à desoneração. A grande questão é a escolha da tributação substituta", considerou.

Nabil, da Alshop, salientou que 17 segmentos já conseguiram renovar a isenção da desoneração, mas que não é justo que os demais não tenham esse benefício. "Tudo o que compramos hoje tem até 60% de imposto embutido porque temos de sustentar esse paquiderme em Brasília. Essa desigualdade precisar ser combatida. E quem vai ganhar com isso? A sociedade civil."

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