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Em Curitiba, a frustração dos apoiadores de Lula após decisão do STF

Segunda Turma do STF decidiu manter prisão de Lula por 3 votos a 2

Apoiadores do ex-presidente Lula em frente à Polícia Federal, em Curitiba (Rodolfo Buhrer/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de junho de 2019 às 10h06.

Última atualização em 26 de junho de 2019 às 10h12.

Curitiba — A expectativa por um resultado favorável no julgamento desta terça-feira (25) da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal levou cerca de 300 pessoas para as proximidades do prédio da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas bastou o voto do ministro Celso de Mello, decano da Corte, para que o grupo começasse a se desmobilizar e deixar o local.

Quarto ministro a ler seu voto, Celso negou o pedido de liberdade provisória de Lula, empatando o julgamento naquele momento em 2 a 2. Ainda faltava o voto da ministra Cármen Lúcia, presidente do Colegiado, que também foi contra a proposta de soltar Lula.

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Coube ao ex-deputado Dr. Rosinha, presidente do PT do Paraná, anunciar aos manifestantes o voto de Celso de Mello — cuja posição era considerada decisiva para o resultado final do julgamento. Segundo Rosinha, vários deles reagiram com emoção, chorando com a notícia.

Parte dos manifestantes participa da autointitulada Vigília Lula Livre, que mantém um acampamento no local desde a prisão do ex-presidente, em abril do ano passado. A maioria deles integra o Movimento dos Tralhadores Sem-Terra (MST).

"Lula prometeu vir nos visitar caso seja libertado", dizia no meio da tarde a militante Sirlene Gomes, que frequenta a vigília diariamente desde o ano passado. "Nós já tivemos tantas decepções que ficamos desconfiados a cada possibilidade de libertação", acrescentou ela.

Também falando antes do resultado final da sessão desta terça da Segunda Turma do Supremo, o jornalista Pedro Dias, que trabalha como voluntário na comunicação da vigília, disse que a possibilidade de Lula ser solto acabou animando mais os militantes do que em outros julgamentos.

"Outra mobilização ocorreu quando houve o julgamento da prisão em segunda instância. Mas, desta vez, a possibilidade de libertação de Lula parece estar mais próxima", comentou.

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