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Doria mira no DEM para ser candidato em SP, mas PSDB rejeita

O prefeito de São Paulo investe no apoio do partido para uma eventual candidatura pelo PSDB ao governo do Estado

O ex-prefeito de São Paulo, João Doria (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 08h04.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2018 às 11h19.

Após se aproximar do PSD, o prefeito João Doria investe agora no apoio do DEM para uma eventual candidatura pelo PSDB ao governo de São Paulo.

A negociação partidária, que envolve o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM-BA), ocorre à revelia do governador Geraldo Alckmin e no momento em que uma ala tucana tenta adiar as prévias paulistas da legenda para maio.

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Com o adiamento das prévias, o prefeito seria forçado a deixar o cargo para entrar na disputa interna. Pela legislação, os políticos que forem concorrer nas eleições deste ano devem renunciar até o dia 7 abril.

Doria e Maia conversaram sobre a sucessão em São Paulo no avião do prefeito, durante um voo entre Rio e Salvador na terça-feira de carnaval. Ao chegar à capital baiana, eles se juntaram ao prefeito ACM Neto.

Questionado sobre o encontro, Maia disse que a palavra final sobre uma eventual aliança em São Paulo será do diretório regional do DEM.

O prefeito deve almoçar no sábado com o secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia, pré-candidato do DEM ao governo, e com dirigentes paulistas da sigla. A ideia é oferecer a Garcia a vaga ao Senado.

Por essa configuração, o presidente licenciado do PSD, ministro Gilberto Kassab, seria o vice de Doria na chapa e o chanceler Aloysio Nunes (PSDB), o segundo candidato ao Senado. A movimentação de Doria incomodou aliados de Alckmin.

O governador tenta evitar um racha em sua base na campanha pelo Palácio dos Bandeirantes. Pré-candidato à Presidência, Alckmin não descarta convidar o vice-governador Márcio França (PSB), que deve assumir em abril o governo e disputar a reeleição, para se filiar ao PSDB e ser o candidato único da coalizão governista.

Tucanos paulistas ventilam ainda a possibilidade de acrescentar uma cláusula ao estatuto da legenda que tornaria todos os detentores de cargo executivo candidatos "natos" à reeleição - ou seja, sem a necessidade de disputar prévias.

Prazo

A pedido dos três pré-candidatos ao governo que se apresentaram formalmente até agora no PSDB - Luiz Felipe d'Ávila, Floriano Pesaro e José Aníbal -, a reunião da executiva que decidirá a data das prévias foi adiada do próximo dia 19 para 5 de março. Doria havia defendido na última reunião nacional da direção do PSDB a realização das prévias já no dia 4 de março.

"Defendo que as prévias sejam em maio. Assim haverá tempo para promovermos o bom debate. A política é feita de riscos", disse Aníbal.

Diante do impasse, aliados de Doria no PSDB afirmam agora que o primeiro turno da eleição interna deve ocorrer no dia 11 de março e o segundo, no dia 18. Dessa forma, ele ainda poderia concorrer sem ter de deixar a Prefeitura. O grupo do prefeito age para formar maioria na reunião decisiva do partido do dia 5 de março. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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