Doações ao Fundo Amazônia somam R$ 726 mi em 2023; R$ 3,1 bi estão em fase de negociação
Os aportes já contratados foram feitos por Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e Suíça, já os futuros investimentos devem ser feitos pela Noruega, Reino Unido, União Europeia, Dinamarca e Estados Unidos
Agência de notícias
Publicado em 1 de fevereiro de 2024 às 18h07.
As novas doações contratadas para o Fundo Amazônia somaram R$ 726 milhões em 2023, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, foram anunciadas doações que somam R$ 3,1 bilhões, que estão em fase avançada de negociação.
Os aportes já contratados foram feitos por Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e Suíça.
Já os futuros investimentos devem ser feitos pela Noruega, Reino Unido, União Europeia, Dinamarca e Estados Unidos.
Desempenho 'surpreendente'
Ao apresentar os dados, a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, afirmou que o desempenho ao longo do ano passado foi "surpreendente".
"Acho que isso aconteceu, no caso das doações em especial, por todo esforço e liderança do presidente Lula e da ministra Marina Silva em fazer viagens, negociações e garantir que tivesse captação de novos recursos e liberação dos que estavam congelados no País, pela parceria e relação fluida que conseguimos ao longo de 2023 entre BNDES, MMA e os membros do Cofa Comitê Orientador do Fundo Amazônia e do conjunto do governo, que foi muito parceiro", disse ela.
Dados divulgados nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, indicam que os recursos que entraram no Fundo Amazônia nos últimos 15 anos somam R$ 6 bilhões, sendo R$ 3,4 bilhões em doações e R$ 2 6 bilhões em rendimentos.
O Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. Também apoia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no restante do Brasil e em outros países tropicais.
Durante a apresentação dos dados, o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, ressaltou que o fundo ficou paralisado durante a gestão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, o que gerou uma paralisação na aprovação de novos projetos. Contudo, frisou que os que estavam em andamento foram desenvolvidos com apoio do BNDES.