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Dilma negocia reforma e PMDB diz que não fará indicações

A presidente iniciou as primeiras negociações para colocar em prática a reforma ministerial, e o PMDB afirma que não retende indicar novos nomes

Dilma Rousseff: por sugestão de Temer, Dilma também procurou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), convidando-o para tratar da reforma (UESLEI MARCELINO/ reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2015 às 21h57.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff iniciou nesta segunda-feira as primeiras negociações para colocar em prática a reforma ministerial, mas ouviu de lideranças do PMDB que o partido, mesmo perdendo possivelmente três cargos de primeiro escalão, não pretende indicar novos nomes para o ministério.

No início da manhã, Dilma recebeu o vice-presidente Michel Temer para uma conversa privada, a primeira desde que ele chegou da viagem de uma semana ao exterior.

De acordo com uma fonte próxima ao vice-presidente, Dilma ouviu que o vice não pretendia indicar novos nomes para o governo, já que  PMDB defende a redução no número de ministérios e de cargos.

Temer ainda sugeriu a presidente que não fizesse uma reforma mais profunda no primeiro escalão nesse momento em que o governo terá que enfrentar votações difíceis no Congresso por conta do ajuste fiscal.

A intenção no Planalto era aproveitar as mudanças administrativas para beneficiar nomes mais fiéis ao governo, mas o vice avalia que mudanças maiores poderiam gerar instabilidade no Congresso.

Temer ouviu de Dilma, no entanto, que ela havia feito uma promessa de que a reforma seria feita até o final de setembro.

Acompanhada de Temer, a presidente fez uma primeira reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), para tratar da reforma.

Ouviu de Renan que ele também não faria indicações, mas foi sugerido que Eunício reúna a bancada no Senado para fazer sugestões.

A presidente, que pela manhã havia afirmado, durante a reunião de coordenação política, que não anunciaria a reforma sem conversar com o Congresso, tentou conversar com o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), ainda nesta segunda-feira, mas o deputado estava fora de Brasília.

Por sugestão de Temer, Dilma também procurou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), convidando-o para tratar da reforma. A presidente inicialmente resistiu, já que o parlamentar havia rompido com o governo. Cunha, no entanto, declinou do convite.

De acordo com fontes do Planalto, o desenho da reforma estaria pronto, mas Dilma não fechou ainda os nomes que ocuparão cada um dos cargos.

O PMDB, que tem hoje seis ministérios, possivelmente perderá três deles.

O PT, com 13, também perderá postos e poderá dar lugar a outros aliados, em um rearranjo político. “Claramente os maiores partidos terão que perder mais. Se o cara só tem um ministério, o que ele vai perder?”, disse à Reuters uma fonte palaciana.

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Brasília - A presidente Dilma Rousseff iniciou nesta segunda-feira as primeiras negociações para colocar em prática a reforma ministerial, mas ouviu de lideranças do PMDB que o partido, mesmo perdendo possivelmente três cargos de primeiro escalão, não pretende indicar novos nomes para o ministério.

No início da manhã, Dilma recebeu o vice-presidente Michel Temer para uma conversa privada, a primeira desde que ele chegou da viagem de uma semana ao exterior.

De acordo com uma fonte próxima ao vice-presidente, Dilma ouviu que o vice não pretendia indicar novos nomes para o governo, já que  PMDB defende a redução no número de ministérios e de cargos.

Temer ainda sugeriu a presidente que não fizesse uma reforma mais profunda no primeiro escalão nesse momento em que o governo terá que enfrentar votações difíceis no Congresso por conta do ajuste fiscal.

A intenção no Planalto era aproveitar as mudanças administrativas para beneficiar nomes mais fiéis ao governo, mas o vice avalia que mudanças maiores poderiam gerar instabilidade no Congresso.

Temer ouviu de Dilma, no entanto, que ela havia feito uma promessa de que a reforma seria feita até o final de setembro.

Acompanhada de Temer, a presidente fez uma primeira reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), para tratar da reforma.

Ouviu de Renan que ele também não faria indicações, mas foi sugerido que Eunício reúna a bancada no Senado para fazer sugestões.

A presidente, que pela manhã havia afirmado, durante a reunião de coordenação política, que não anunciaria a reforma sem conversar com o Congresso, tentou conversar com o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), ainda nesta segunda-feira, mas o deputado estava fora de Brasília.

Por sugestão de Temer, Dilma também procurou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), convidando-o para tratar da reforma. A presidente inicialmente resistiu, já que o parlamentar havia rompido com o governo. Cunha, no entanto, declinou do convite.

De acordo com fontes do Planalto, o desenho da reforma estaria pronto, mas Dilma não fechou ainda os nomes que ocuparão cada um dos cargos.

O PMDB, que tem hoje seis ministérios, possivelmente perderá três deles.

O PT, com 13, também perderá postos e poderá dar lugar a outros aliados, em um rearranjo político. “Claramente os maiores partidos terão que perder mais. Se o cara só tem um ministério, o que ele vai perder?”, disse à Reuters uma fonte palaciana.

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