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Depois de Japão e China, a vez dos árabes no tour de Bolsonaro

Presidente passará o fim de semana nos Emirados Árabes Unidos e no Catar, tentando atrair investimentos e deixar em segundo plano sua proximidade com Israel

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Teresa Cristina e Jair Bolsonaro: antes da visita do presidente, ministra da Agricultura tentou apagar incêndio junto aos árabe (Alan Santos/Presidência da República/Flickr)

Teresa Cristina e Jair Bolsonaro: antes da visita do presidente, ministra da Agricultura tentou apagar incêndio junto aos árabe (Alan Santos/Presidência da República/Flickr)

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Redação Exame

Publicado em 25 de outubro de 2019 às, 06h27.

Última atualização em 25 de outubro de 2019 às, 06h49.

O presidente Jair Bolsonaro continua neste fim de semana seu tour pelo Oriente, sua viagem mais longa até agora. Depois de já ter passado por Japão no início da semana e encerrar hoje uma visita à China, o presidente segue agora para sua pernada árabe da viagem. Bolsonaro chega nesta sexta-feira aos Emirados Árabes Unidos e, no domingo, começa sua passagem pelo vizinho Catar antes de chegar à Arábia Saudita.

Os Emirados Árabes Unidos são o segundo país árabe para o qual o Brasil mais exportou em 2019, com 2,1 bilhões de dólares em vendas, atrás apenas da Arábia Saudita, com 3,2 bilhões de dólares, segundo a Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Ao todo, o Brasil vendeu aos 22 países da Liga Árabe entre janeiro e setembro 9,3 bilhões de dólares, alta de 13% na comparação com o ano passado e com superávit de 4,2 bilhões. Entre os principais produtos exportados pelo Brasil estão carne bovina e de frango, além de milho, ferro, soja e açúcar.

Bolsonaro vem tentando provar aos árabes e à China que o passado de desavenças ficou para trás. Na China, fez questão de dizer que estava num país “capitalista” — após constantes críticas anteriores ao “comunismo”, e uma polêmica visita a Taiwan em 2018, antes mesmo de ser presidente.

Bolsonaro se encontrou com o presidente Xi Jinping nas primeiras horas desta sexta-feira 25 (madrugada pelo horário de Brasília), após um encontro com o líder chinês não ter acontecido durante o G20, encontro das 20 maiores economias do mundo. A China é o principal parceiro comercial do Brasil, importando no ano passado 64 bilhões de dólares do país (com superávit de 29,5 bilhões).

O mesmo discurso apaziguador deve se repetir no mundo árabe, onde Bolsonaro tentará deixar de lado as juras de amor feitas a Israel. A viagem é uma continuidade de um trabalho iniciado pela ministra da Agricultura, Teresa Cristina, que visitou os países árabes no mês passado. Nos dias que passou no Oriente em setembro, a ministra conseguiu fazer o Brasil voltar a vender produtos lácteos para o Egito e apresentou propostas de investimentos.

A ministra também faz parte da comitiva de Bolsonaro nesta semana, ao lado de nomes como o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Havia uma expectativa de que o ministro Paulo Guedes se juntaria à comitiva, o que ainda não aconteceu.

Tal qual na viagem de Teresa Cristina, o principal objetivo junto aos árabes será atrair investimentos, sobretudo no setor agropecuário e de infraestrutura. A viagem termina na quarta-feira 30, na Arábia Saudita. No país, Bolsonaro deve participar do fórum “Davos do Deserto”, que acontece desde 2017. O presidente deve se encontrar com representantes dos endinheirados fundos soberanos da região e até mesmo com o príncipe herdeiro saudita, Mohammad bin Salman. A começar pelos Emirados neste fim de semana, Bolsonaro terá de continuar se esforçando para mostrar que o Brasil quer, sim, continuar de bem com os árabes.

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