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Delator diz que pagou R$12 milhões de propina a Renato Duque

O ex-consultor da empresa Toyo Setal confirmou que pagou R$ 12 milhões ao ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras, Renato Duque

Petrobras: de acordo com delator, as empreiteiras deveriam pagar 1% dos valores dos contratos com a estatal (Sergio Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 16h40.

O ex-consultor da empresa Toyo Setal, Júlio Gerin Almeida Camargo, confirmou, em depoimento, prestado hoje (3) à Justiça Federal , que pagou R$ 12 milhões ao ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras , Renato Duque.

De acordo com delator, durante a gestão de Duque e do ex-gerente Pedro Barusco, as empreiteiras deveriam pagar 1% dos valores dos contratos com a estatal.

No depoimento, Camargo afirmou que atuou para garantir que o consórcio formado pela Camargo Correa e a Setal Óleo e Gas assinasse um contrato com a estatal para a ampliação da refinaria Repar, em Araucária (PR), obra orçada em R$ 2,4 bilhões.

De acordo com o delator, quem não pagasse propina às áreas de abastecimento, comandada pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, e à àrea de engenharia, dirigida por Duque, "não teria sucesso e não obteria contratos" com a estatal.

"Tinha como regra 1%, mas isso era muito flexivel e muitas vezes era negociado. Paguei em torno de R$ 12 milhões. A maioria dos pagamentos feitos no exterior, em contas indicadas no exterior. e outra parte em reais, no Brasil",  disse Camargo.

Ele prestou depoimento como testemunha de acusação dos desvios nas ações penais abertas para investigar as empreiteiras que foram alvo da sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada em novembro do ano passado.

Antes da operação, o empresário fez acordo de delação premiada no qual também confirmou o pagamento de propina aos ex-diretores da estatal. Ele também é réu.

A defesa de Renato Duque afirma que nunca houve recebimento de propina durante sua gestão.

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O ex-consultor da empresa Toyo Setal, Júlio Gerin Almeida Camargo, confirmou, em depoimento, prestado hoje (3) à Justiça Federal , que pagou R$ 12 milhões ao ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras , Renato Duque.

De acordo com delator, durante a gestão de Duque e do ex-gerente Pedro Barusco, as empreiteiras deveriam pagar 1% dos valores dos contratos com a estatal.

No depoimento, Camargo afirmou que atuou para garantir que o consórcio formado pela Camargo Correa e a Setal Óleo e Gas assinasse um contrato com a estatal para a ampliação da refinaria Repar, em Araucária (PR), obra orçada em R$ 2,4 bilhões.

De acordo com o delator, quem não pagasse propina às áreas de abastecimento, comandada pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, e à àrea de engenharia, dirigida por Duque, "não teria sucesso e não obteria contratos" com a estatal.

"Tinha como regra 1%, mas isso era muito flexivel e muitas vezes era negociado. Paguei em torno de R$ 12 milhões. A maioria dos pagamentos feitos no exterior, em contas indicadas no exterior. e outra parte em reais, no Brasil",  disse Camargo.

Ele prestou depoimento como testemunha de acusação dos desvios nas ações penais abertas para investigar as empreiteiras que foram alvo da sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada em novembro do ano passado.

Antes da operação, o empresário fez acordo de delação premiada no qual também confirmou o pagamento de propina aos ex-diretores da estatal. Ele também é réu.

A defesa de Renato Duque afirma que nunca houve recebimento de propina durante sua gestão.

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