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Delator diz que ex-deputado do PSDB era influente na estatal

Alexandre Santos foi filiado ao PSDB de 1994 a 2003, tendo se filiado ao PP entre 2003 e 2005 e, desde então, está no PMDB

Ex-deputado do PSDB: Alexandre Santos foi filiado ao PSDB de 1994 a 2003, tendo se filiado ao PP entre 2003 e 2005 e, desde então, está no PMDB (Wendel Lopes/PMDB)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 10h38.

São Paulo - Em seu depoimento à força-tarefa da Lava Jato , o lobista e delator Fernando Antonio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano citou a influência de Alexandre Santos, um ex-parlamentar do PSDB, na Diretoria de Serviços da Petrobras durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) .

O delator, com grande trânsito no meio político, contou aos investigadores que conheceu o então parlamentar em 2002 em um restaurante de um amigo, quando ele ainda estava no PSDB, e foi informado por este amigo que Alexandre "era muito influente na Diretoria de Serviços da Petrobras na época".

Alexandre Santos foi filiado ao PSDB de 1994 a 2003, tendo se filiado ao PP entre 2003 e 2005 e, desde então, está no PMDB, partido pelo qual exerceu mandato na Câmara até o ano passado. Atualmente ele não exerce mais mandato parlamentar. Sua mulher Soraya Santos é deputada federal pelo PMDB do Rio.

Baiano informou ainda que manteve contato com o ex-parlamentar desde então em outras ocasiões, incluindo eventos sociais, mas que nunca fecharam nenhum negócio.

Propinas

Apesar de ser a primeira vez que um delator cita a influência de um político filiado ao PSDB em uma diretoria da estatal durante o governo Fernando Henrique Cardoso, outros delatores já mencionaram o pagamento de propinas nos períodos que antecederam os governos do PT.

O ex-gerente de Serviços e também delator Pedro Barusco, por exemplo, afirmou que recebeu propinas da holandesa SBM Offshore desde o primeiro contrato de navio-sonda da estatal, em 1995.

Cunha

O delator Fernando Baiano disse ainda que Alexandre Santos o apresentou ao presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em 2009, durante um café da manhã no hotel Marriot, no Rio de Janeiro.

"Alexandre comentou com Eduardo Cunha que o depoente (Baiano) era conhecido e tinha negócios na Petrobras, que representava empresas espanholas e que tinha uma relação próxima com Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da estatal e delator da Lava Jato), contou o lobista.

Ainda segundo Baiano, foi a partir desse encontro que ele buscou estreitar sua relação com Cunha, pois sabia que ele era um político "muito influente".

O PSDB informou que não tomou conhecimento do depoimento e cabe ao ex-deputado se manifestar.

A reportagem entrou cm contato com a assessoria do diretório do PMDB no Rio e da deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), esposa de Alexandre, mas não conseguiu localizar o ex-parlamentar.

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São Paulo - Em seu depoimento à força-tarefa da Lava Jato , o lobista e delator Fernando Antonio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano citou a influência de Alexandre Santos, um ex-parlamentar do PSDB, na Diretoria de Serviços da Petrobras durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) .

O delator, com grande trânsito no meio político, contou aos investigadores que conheceu o então parlamentar em 2002 em um restaurante de um amigo, quando ele ainda estava no PSDB, e foi informado por este amigo que Alexandre "era muito influente na Diretoria de Serviços da Petrobras na época".

Alexandre Santos foi filiado ao PSDB de 1994 a 2003, tendo se filiado ao PP entre 2003 e 2005 e, desde então, está no PMDB, partido pelo qual exerceu mandato na Câmara até o ano passado. Atualmente ele não exerce mais mandato parlamentar. Sua mulher Soraya Santos é deputada federal pelo PMDB do Rio.

Baiano informou ainda que manteve contato com o ex-parlamentar desde então em outras ocasiões, incluindo eventos sociais, mas que nunca fecharam nenhum negócio.

Propinas

Apesar de ser a primeira vez que um delator cita a influência de um político filiado ao PSDB em uma diretoria da estatal durante o governo Fernando Henrique Cardoso, outros delatores já mencionaram o pagamento de propinas nos períodos que antecederam os governos do PT.

O ex-gerente de Serviços e também delator Pedro Barusco, por exemplo, afirmou que recebeu propinas da holandesa SBM Offshore desde o primeiro contrato de navio-sonda da estatal, em 1995.

Cunha

O delator Fernando Baiano disse ainda que Alexandre Santos o apresentou ao presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em 2009, durante um café da manhã no hotel Marriot, no Rio de Janeiro.

"Alexandre comentou com Eduardo Cunha que o depoente (Baiano) era conhecido e tinha negócios na Petrobras, que representava empresas espanholas e que tinha uma relação próxima com Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento da estatal e delator da Lava Jato), contou o lobista.

Ainda segundo Baiano, foi a partir desse encontro que ele buscou estreitar sua relação com Cunha, pois sabia que ele era um político "muito influente".

O PSDB informou que não tomou conhecimento do depoimento e cabe ao ex-deputado se manifestar.

A reportagem entrou cm contato com a assessoria do diretório do PMDB no Rio e da deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), esposa de Alexandre, mas não conseguiu localizar o ex-parlamentar.

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