De Anta Gorda a Não-Me-Toque: os nomes inusitados de 15 cidades brasileiras
O Brasil tem mais de 5,5 mil municípios. Confira aqueles que, por suas histórias, ficaram com nomes bem curiosos
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2012 às 15h15.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h13.
São Paulo – Por volta de 1900, em uma pequena localidade do Rio Grande do Sul dominada por animais selvagens, um homem abateu uma “anta muito gorda”. O feito ficou famoso, e as pessoas, quando se referiam à região, diziam: “lá onde mataram a ‘anta gorda’”. Daí o nome.do que é hoje uma cidade brasileira constituída, com seis mil habitantes e emancipada em 1963. É com histórias similares que parte dos 5,5 mil municípios do país têm nomes inusitados, ligados às suas origens. Clique nas fotos para conhecer cidades cujos nomes remetem a outros significados. E saiba qual o gentílico – o famoso “quem nasce lá é...” – dos cidadãos de cada uma delas. Os históricos de cada município foram retirados do site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE),com os trechos transcritos sem alterações.
Quem nasce lá é... passafiquense
População: 11,1 mil
Existe como município desde 1962. História do nome (IBGE) “(...) Uma pequena bodega passou a bancar jogos, vender aguardente aos que por ali passavam. O pequeno negócio tornou-se conhecido de todos, que ao passarem pela estrada eram atraídos a entrar na bodega e não queriam mais sair. Ao longo do tempo o pequeno empreendimento de Daniel Laureano, que começou de maneira improvisada, tomou influência pelas redondezas, dando origem a um pequeno núcleo populacional ao seu redor. Contam que um dos moradores da área, Antônio Luiz Jorge de Oliveira, conhecido como Antônio Lulu, para justificar o sucesso da bodega, dizia que aquele lugar era o passa e fica, e assim surgiu o nome Passa e Fica”.
População: 11,1 mil
Existe como município desde 1962. História do nome (IBGE) “(...) Uma pequena bodega passou a bancar jogos, vender aguardente aos que por ali passavam. O pequeno negócio tornou-se conhecido de todos, que ao passarem pela estrada eram atraídos a entrar na bodega e não queriam mais sair. Ao longo do tempo o pequeno empreendimento de Daniel Laureano, que começou de maneira improvisada, tomou influência pelas redondezas, dando origem a um pequeno núcleo populacional ao seu redor. Contam que um dos moradores da área, Antônio Luiz Jorge de Oliveira, conhecido como Antônio Lulu, para justificar o sucesso da bodega, dizia que aquele lugar era o passa e fica, e assim surgiu o nome Passa e Fica”.
Quem nasce lá é... feliznatalense
População: 10,9 mil
Existe desde 1995 História do nome (IBGE) “A denominação do município é referência ao rio Feliz Natal, pequeno curso d′água que corta o território municipal. Feliz Natal surgiu a partir da penetração de famílias sulistas na floresta amazônica ainda intocada, à procura de madeiras e terras férteis. Em 1978 as estradas eram precaríssimas, pareciam carreadores. Era o início do período das águas. Chuvas torrenciais e intermináveis de final de ano pegaram de surpresa alguns funcionários da Agropecuária Consul que pretendiam voltar a Sinop, a fim de participarem dos festejos natalinos com seus familiares. Depois de alguns dias na estrada, quase intransitável, com poucos víveres, se depararam com um riacho transbordando. (...) Conformados com a situação e saudosos dos familiares, por ser véspera de Natal, saudaram-se mutuamente. E um dos integrantes da comitiva sugeriu que o nome do riacho fosse Feliz Natal, o que foi prontamente aceito pelos demais.”
População: 10,9 mil
Existe desde 1995 História do nome (IBGE) “A denominação do município é referência ao rio Feliz Natal, pequeno curso d′água que corta o território municipal. Feliz Natal surgiu a partir da penetração de famílias sulistas na floresta amazônica ainda intocada, à procura de madeiras e terras férteis. Em 1978 as estradas eram precaríssimas, pareciam carreadores. Era o início do período das águas. Chuvas torrenciais e intermináveis de final de ano pegaram de surpresa alguns funcionários da Agropecuária Consul que pretendiam voltar a Sinop, a fim de participarem dos festejos natalinos com seus familiares. Depois de alguns dias na estrada, quase intransitável, com poucos víveres, se depararam com um riacho transbordando. (...) Conformados com a situação e saudosos dos familiares, por ser véspera de Natal, saudaram-se mutuamente. E um dos integrantes da comitiva sugeriu que o nome do riacho fosse Feliz Natal, o que foi prontamente aceito pelos demais.”
Quem nasce lá é... fruta de leitense
População: 5,9 mil
Existe desde 1995. História do nome (IBGE) “A cidade tem este nome pela presença em sua vegetação de uma grande quantidade de uma fruta comestível adocicada chamada fruta de leite”.
População: 5,9 mil
Existe desde 1995. História do nome (IBGE) “A cidade tem este nome pela presença em sua vegetação de uma grande quantidade de uma fruta comestível adocicada chamada fruta de leite”.
Quem nasce lá é... gadobravense
População: 8,3 mil
Existe como município desde 1994, mas tinha, como distrito, o nome desde 1965. História (IBGE) - Não justifica nome "Sua história começou na primeira metade do século XIX. Gado Bravo tem sua origem ligada à construção de uma casa de farinha depropriedade do sr. Antônio Gonçalves".
População: 8,3 mil
Existe como município desde 1994, mas tinha, como distrito, o nome desde 1965. História (IBGE) - Não justifica nome "Sua história começou na primeira metade do século XIX. Gado Bravo tem sua origem ligada à construção de uma casa de farinha depropriedade do sr. Antônio Gonçalves".
Quem nasce lá é... baianense
População: 8 mil
Existe desde 1962 como município, mas mantém o nome desde 1908, quando ainda era distrito. História do nome (IBGE) “Baía da Traição é um dos antigos núcleos de colonização da Paraíba. Foi ali que aportou a esquerda de Cristóvão Jaques e que os franceses escolheram para sede do comércio de pau brasil. Estes, além de algumas benfeitorias, construíram um forte. Em 1585, com a finalidade de colonizar a Paraíba, chegou o local, vindo de Pernambuco à frente de 200 homens, Martin Leitão, encontrando resistência por parte dos franceses e seus aliados, os índios potiguares. Vencedores, os lusos levantaram uma povoação construída pelo índigenas que habitavam a região” .
População: 8 mil
Existe desde 1962 como município, mas mantém o nome desde 1908, quando ainda era distrito. História do nome (IBGE) “Baía da Traição é um dos antigos núcleos de colonização da Paraíba. Foi ali que aportou a esquerda de Cristóvão Jaques e que os franceses escolheram para sede do comércio de pau brasil. Estes, além de algumas benfeitorias, construíram um forte. Em 1585, com a finalidade de colonizar a Paraíba, chegou o local, vindo de Pernambuco à frente de 200 homens, Martin Leitão, encontrando resistência por parte dos franceses e seus aliados, os índios potiguares. Vencedores, os lusos levantaram uma povoação construída pelo índigenas que habitavam a região” .
Quem nasce lá é... venha-verense
População: 3,8 mil
Existe desde 1992, mas existia como distrito, com o nome Padre Cosme, desde 1963. História do nome (IBGE) “Duas famílias, uma de judeus e a outra de holandeses, deram origem a comunidade de Venha Ver. A explicação da origem do nome Venha Ver é contada de várias formas pelos mais antigos. A mais conhecida pelos patriarcas refere-se ao namoro entre a filha de fazendeiro e um de seus escravos. Descontente com essa amizade, o fazendeiro decidiu mandar sua filha para outra região. Ao procurar pela filha na manhã do dia de sua partida, foi informado por uma escrava que a moça estava proseando com o namorado. O fazendeiro não acreditou na conversa da escrava que não teve outra alternativa a não ser chamá-lo para comprovar pessoalmente sua informação. Venha ver, disse a escrava enfrentando o revoltado patrão. O povoado, naturalmente, passou a se chamar Venha Ver, e a força do seu povo tornou possível que o pequeno arruado viesse a experimentar um gradativo crescimento”.
População: 3,8 mil
Existe desde 1992, mas existia como distrito, com o nome Padre Cosme, desde 1963. História do nome (IBGE) “Duas famílias, uma de judeus e a outra de holandeses, deram origem a comunidade de Venha Ver. A explicação da origem do nome Venha Ver é contada de várias formas pelos mais antigos. A mais conhecida pelos patriarcas refere-se ao namoro entre a filha de fazendeiro e um de seus escravos. Descontente com essa amizade, o fazendeiro decidiu mandar sua filha para outra região. Ao procurar pela filha na manhã do dia de sua partida, foi informado por uma escrava que a moça estava proseando com o namorado. O fazendeiro não acreditou na conversa da escrava que não teve outra alternativa a não ser chamá-lo para comprovar pessoalmente sua informação. Venha ver, disse a escrava enfrentando o revoltado patrão. O povoado, naturalmente, passou a se chamar Venha Ver, e a força do seu povo tornou possível que o pequeno arruado viesse a experimentar um gradativo crescimento”.
Quem nasce lá é... xiquexiquense
População: 45,5 mil
Existe desde 1928 como munícipio. Mas o distrito foi criado com o nome de Chique-Chique mais de 200 anos antes, em 1714. História do nome (IBGE) “A região era habitada primitivamente pelos índios massacarás, pontás, aracajás e amoipiras. Por volta da década de 1540, sertanistas à procura de ouro iniciaram o desbravamento do Vale do São Francisco. Formaram-se fazendas à margem direita do rio, em terras basicamente pertencentes às famílias Casa da Ponte e Mestre de Campo Guedes de Brito. Na segunda metade do Século XVI, em terras do Coronel Garcia D′Ávila, da Casa da Ponte, iniciou-se o arraial Xique-Xique. Situava-se na Ilha do Miradouro, nome originário da expressão popular daqui miro o ouro nas serras. Edificou-se ali a capela de Santa Ana. A origem do topônimo foi a grande quantidade dos cactos xique-xiqu″, encontrados pelos primeiros povoadores”.
População: 45,5 mil
Existe desde 1928 como munícipio. Mas o distrito foi criado com o nome de Chique-Chique mais de 200 anos antes, em 1714. História do nome (IBGE) “A região era habitada primitivamente pelos índios massacarás, pontás, aracajás e amoipiras. Por volta da década de 1540, sertanistas à procura de ouro iniciaram o desbravamento do Vale do São Francisco. Formaram-se fazendas à margem direita do rio, em terras basicamente pertencentes às famílias Casa da Ponte e Mestre de Campo Guedes de Brito. Na segunda metade do Século XVI, em terras do Coronel Garcia D′Ávila, da Casa da Ponte, iniciou-se o arraial Xique-Xique. Situava-se na Ilha do Miradouro, nome originário da expressão popular daqui miro o ouro nas serras. Edificou-se ali a capela de Santa Ana. A origem do topônimo foi a grande quantidade dos cactos xique-xiqu″, encontrados pelos primeiros povoadores”.
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