Cratera em obra do Metrô aumenta na Marginal Tietê; empresa faz contenção
Um desmoronamento ocorreu por volta das 9 horas, na obra da Linha 6-Laranja, e abriu um buraco na pista local. Ninguém ficou ferido
Gilson Garrett Jr
Publicado em 1 de fevereiro de 2022 às 19h15.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2022 às 19h40.
A cratera decorrente do acidente nas obras do Metrô na Marginal Tietê, ocorrido nesta terça-feira, 1º de fevereiro em São Paulo, aumentou consideravelmente ao longo do dia. Pela manhã, uma das faixas do corredor local da Marginal tinha caído totalmente dentro do buraco. No fim da tarde, a erosão consumiu três faixas e continua aumentando. Aconcessionária Acciona, responsável pela obra, faz um trabalho para tentar conter que a cratera avance ainda mais.
Um desmoronamento ocorreu por volta das 9 horas e abriu um buraco na pista local. Ninguém ficou ferido.Segundo informações fornecidas pelo governo de São Paulo, uma tubulação de esgoto da Sabesp cedeu enquanto a tuneladora passava cerca de 3 metros abaixo dos canos. Com o acidente, todo o esgoto inundou o túnel que era construído para a futura Linha 6-Laranja do Metrô.
De acordo com a Secretaria de Transportes Metropolitanos, a tubulação, chamada Interceptor de Esgotos (ITI-7), é responsável por encaminhar o esgoto coletado para tratamento na ETE Barueri. Técnicos da companhia trabalham no momento para desviar o esgoto para outros interceptores.
Assim que o acidente aconteceu, a Marginal Tietê,entre as pontes do Piqueri e da Freguesia do Ó, no sentidoAyrton Senna, na zonanorte de São Paulo, ficou totalmente interditada. Algumas horas depois, a pista expressa foi liberada, e logo depois a pista do meio também foi liberada, mas voltou a ser interditada. Quilômetros de congestionamentos se formaram e o rodízio de veículos foi suspenso na cidade de São Paulo.
O questionamento que fica é se o acidente vai impactar mais atrasos para a inauguração da linha. Por enquanto, ainda não há como prever e a conclusão está marcada para 2025. Em um acidente similar em 2007, com a Linha 4-Amarela, dias após o ocorrido, o governo de São Paulo mantinha a inauguração da estação para 2010, mas ela foi entregue somente um ano depois, em 2011.