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CPI da Câmara vai averiguar atividades do BNDES

"O trabalho desta comissão refletirá o resultado de todas as investigações em torno das irregularidades na Petrobras e nas empresas privadas envolvidas"


	Sede do BNDES, no Rio de Janeiro: "O trabalho desta comissão refletirá o resultado de todas as investigações em torno das irregularidades na Petrobras e nas empresas privadas envolvidas", disse o deputado Marcos Rotta
 (REUTERS/Ricardo Moraes)

Sede do BNDES, no Rio de Janeiro: "O trabalho desta comissão refletirá o resultado de todas as investigações em torno das irregularidades na Petrobras e nas empresas privadas envolvidas", disse o deputado Marcos Rotta (REUTERS/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2015 às 15h21.

Brasília - A Câmara dos Deputados instalou nesta quinta-feira uma CPI que vai averiguar as atividades do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que na última década financiou com somas multimilionárias empresas envolvidas no escândalo de corrupção na Petrobras.

"O trabalho desta comissão refletirá o resultado de todas as investigações em torno das irregularidades na Petrobras e nas empresas privadas envolvidas", disse o deputado Marcos Rotta, do PMDB e escolhido como presidente da CPI.

Os parlamentares suspeitam que as operações de crédito do BNDES com as companhias atingidas pelos escândalos na Petrobras podem ter sido consequência da mesma rede de corrupção e tráfico de influência que operou na empresa.

Segundo dados apresentados hoje na comissão, entre 2003 e 2014, quando as irregularidades aumentaram na Petrobras, o BNDES outorgou créditos no valor de R$ 2,4 bilhões a nove das empresas envolvidas no esquema de corrupção.

De acordo com seus balanços, o BNDES contava no final de 2014 com ativos no valor de US$ 877,3 bilhões e uma carteira de créditos de R$ 651,2 bilhões.

A criação da CPI foi proposta pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que pertence ao PMDB, mas há 15 dias anunciou sua decisão pessoal de passar para a oposição.

A CPI tem 27 membros e terá um prazo de três meses para suas investigações, que vão representar um novo desafio preparado pela oposição ao governo de Dilma Rousseff.

Rotta, ao assumir a presidência da CPI, garantiu que sua condição de deputado da base governista não impedirá que as investigações "cheguem ao fundo das coisas".

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