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Com falta de chuva, ONS defende acionar termelétricas para suprir demanda de energia

Operador manifestou a necessidade de medidas preventivas para atender à demanda em horários de pico, e reforça que não há risco de falta de energia no momento

Leilões de energia: 20 anos de transformações no setor elétrico brasileiro. (Ueslei Marcelino/Reuters)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 20 de agosto de 2024 às 20h01.

Última atualização em 20 de agosto de 2024 às 20h17.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico ( ONS ) informou ao governo federal que o baixo volume de chuvas nos últimos meses exige medidas operacionais e preventivas adicionais para atender à demanda de energia elétrica durante os horários de pico nos próximos meses.

Entre as medidas estão o acionamento antecipado de usinas termelétricas movidas a gáse a maximização da potência disponível ao final do período seco, o que pode incluir o adiamento de manutenções.

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Essas sugestões foram apresentadas ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) em reunião no início de agosto. O órgão destacou que o volume de água disponível para geração hidrelétrica está abaixo da Média de Longo Termo (MLT), que considera um histórico de 94 anos.

A principal preocupação do ONS é a menor disponibilidade de recursos hídricos na Região Norte e o aumento do consumo durante os períodos de maior carga, principalmente em outubro e novembro.

O ONS ressalta que, atualmente, não há problemas com o fornecimento de energia e que o Sistema Interligado Nacional (SIN) possui recursos suficientes. As medidas adicionais são preventivas e visam garantir o atendimento à demanda, sem risco de desabastecimento.

Em julho, a Aneel aplicou a bandeira amarela pela primeira vez em 26 meses, com custo extra de R$ 1,88 por 100 kWh consumidos. No entanto, em agosto, devido às condições favoráveis para a geração de energia, a agência voltou à bandeira verde, resultando na ausência de custo adicional nas contas de energia.

Sugestões do ONS:

  1. Minimizar o despacho das usinas hidrelétricas do subsistema Norte para preservar recursos hídricos e garantir atendimento à demanda nos meses de outubro e novembro.
  2. Maximizar a disponibilidade de potência ao final do período seco, considerando o adiamento de manutenções e a antecipação do retorno de ativos indisponíveis.
  3. Acionar usinas termelétricas a GNL com despacho antecipado, incluindo a UTE Termopernambuco, a partir de outubro de 2024.
  4. Ampliar o uso de Mecanismos de Resposta da Demanda.
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