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Colômbia marca encontro com Janot sobre caso Odebrecht

Encontro é parte da cooperação para buscas de evidências para investigações de pagamentos de propinas pela Odebrecht

Rodrigo Janot: autoridades colombianas viajarão ao Brasil na semana que vem para se reunir com autoridades brasileiras (Antonio Cruz/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 14h14.

Bogotá - Autoridades colombianas viajarão ao Brasil na semana que vem para se reunir com autoridades brasileiras em busca de evidências para investigações de pagamentos de propinas da Odebrecht para políticos e supostas transações para campanhas presidenciais em 2014, informou nesta sexta-feira a Procuradoria Geral em Bogotá.

Entre as autoridades que viajarão a Brasília estão o procurador-geral, Néstor Humberto Martínez, uma comissão da Procuradoria e dois magistrados do Conselho Nacional Eleitoral que buscam entender se a Odebrecht financiou direta ou indiretamente as campanhas eleitorais do presidente Juan Manuel Santos e do ex-candidato opositor Óscar Iván Zuluaga.

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Os investigadores colombianos irão se reunir com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A Procuradoria da Colômbia informou que Martínez buscará acordos com procuradores da Bolívia, Peru, Panamá e Equador para que o Brasil acelere o acesso às informações necessárias para avançar com as investigações.

Na Colômbia, a Odebrecht está no meio de um escândalo de corrupção e é acusada de ter pago propinas de mais de 11 milhões de dólares para receber contratos para a construção de uma rodovia. A investigação levou à prisão um ex-vice-ministro do Transporte e um ex-senador.

As autoridades também investigam o suposto financiamento em 2014 da Odebrecht para campanhas do presidente Santos e do ex-candidato Zuluaga. Santos venceu o rival direitista e se reelegeu em segundo mandato.

Em dezembro, a construtora se declarou culpada em tribunal nos Estados Unidos por violar normas contra propinas, depois de uma investigação no Brasil sobre uma extensa rede de corrupção que entre 2001 e 2016 teria pago cerca de 439 milhões de dólares para partidos políticos, funcionários estrangeiros e seus representantes em vários países da América Latina.

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