Colegas de menino morto pela GCM negam confronto com agentes
A reportagem apurou que os dois contaram que, por volta das 22 horas de sábado, dia 25, eles tentaram furtar um Gol
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2016 às 11h35.
São Paulo - Os dois adolescentes que acompanhavam o menino de 11 anos morto com um tiro na nuca por um guarda-civil metropolitano durante perseguição em Cidade Tiradentes, na zona leste, foram ouvidos nesta terça-feira, 28, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Eles têm 14 anos e afirmaram que não houve confronto e que não estavam armados.
A reportagem apurou que os dois contaram que, por volta das 22 horas de sábado, dia 25, eles tentaram furtar um Gol.
O menino de 11 anos, segundo eles, tinha facilidade em abrir carros com uma chave mixa e fazer ligação direta no motor.
Como não conseguiram levar o Gol, furtaram um Chevette prata, mas foram vistos por um motoqueiro, que é entregador de pizza e avisou uma viatura da Guarda Civil Metropolitana (GCM).
O menino de 14 anos que assumiu o volante admitiu que tentou fugir em alta velocidade. Eles afirmaram que perceberam os tiros da GCM, um deles acertou um dos pneus e o carro perdeu a estabilidade.
O garoto afirmou que deu "um cavalo de pau" e parou próximo de uma quermesse. Ele correu para uma viela.
O outro menino de 14 se misturou aos frequentadores da festa junina. Enquanto o garoto de 11 anos ficou agonizando no carro.
O guarda Caio Muratori afirmou à polícia que atirou quatro vezes no veículo após os ocupantes dispararem em direção à viatura. Os dois guardas que estavam com Muratori afirmaram que não viram o confronto.
O agente foi autuado em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pagou fiança e vai responder às acusações em liberdade. Laudos periciais do carro devem ficar prontos em 30 dias.
Outros crimes
Os garotos prestaram depoimento acompanhados dos pais e do advogado Arles Gonçalves Júnior, da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção São Paulo.
"É de conhecimento público que o DHPP trabalha com lisura. Minha função aqui é apenas atestar isso", afirmou Júnior.
Ambos admitiram que praticaram três roubos e furtos de carros no bairro recentemente.
O menino de 11 anos os acompanhou em alguns casos. Eles cumprem ordem judicial de liberdade assistida, porque foram apreendidos por roubar um carro com arma de brinquedo.
São Paulo - Os dois adolescentes que acompanhavam o menino de 11 anos morto com um tiro na nuca por um guarda-civil metropolitano durante perseguição em Cidade Tiradentes, na zona leste, foram ouvidos nesta terça-feira, 28, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Eles têm 14 anos e afirmaram que não houve confronto e que não estavam armados.
A reportagem apurou que os dois contaram que, por volta das 22 horas de sábado, dia 25, eles tentaram furtar um Gol.
O menino de 11 anos, segundo eles, tinha facilidade em abrir carros com uma chave mixa e fazer ligação direta no motor.
Como não conseguiram levar o Gol, furtaram um Chevette prata, mas foram vistos por um motoqueiro, que é entregador de pizza e avisou uma viatura da Guarda Civil Metropolitana (GCM).
O menino de 14 anos que assumiu o volante admitiu que tentou fugir em alta velocidade. Eles afirmaram que perceberam os tiros da GCM, um deles acertou um dos pneus e o carro perdeu a estabilidade.
O garoto afirmou que deu "um cavalo de pau" e parou próximo de uma quermesse. Ele correu para uma viela.
O outro menino de 14 se misturou aos frequentadores da festa junina. Enquanto o garoto de 11 anos ficou agonizando no carro.
O guarda Caio Muratori afirmou à polícia que atirou quatro vezes no veículo após os ocupantes dispararem em direção à viatura. Os dois guardas que estavam com Muratori afirmaram que não viram o confronto.
O agente foi autuado em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pagou fiança e vai responder às acusações em liberdade. Laudos periciais do carro devem ficar prontos em 30 dias.
Outros crimes
Os garotos prestaram depoimento acompanhados dos pais e do advogado Arles Gonçalves Júnior, da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção São Paulo.
"É de conhecimento público que o DHPP trabalha com lisura. Minha função aqui é apenas atestar isso", afirmou Júnior.
Ambos admitiram que praticaram três roubos e furtos de carros no bairro recentemente.
O menino de 11 anos os acompanhou em alguns casos. Eles cumprem ordem judicial de liberdade assistida, porque foram apreendidos por roubar um carro com arma de brinquedo.