Profissionais da saúde fazem protestos contra o Mais Médicos em Brasília: projeto causa polêmica entre profissionais (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2013 às 14h50.
São Paulo – Setecentas cidades do Brasil vão continuar sem atendimento médico permanente, se depender dos médicos brasileiros. Nenhum dos 3.800 inscritos que já escolheram para onde querem ir no programa Mais Médicos optou por alguma dessas cidades, que ficam em regiões mais remotas do país.
O Ministério da Saúde deve fazer hoje um balanço geral da primeira etapa do processo de inscrição, que estava aberto apenas para profissionais brasileiros. Já fizeram a pré-inscrição 18.450 médicos, a grande maioria deles (90%) atua hoje no país.
A demanda ainda é alta: os inscritos até agora ainda deixam ainda mais de 13 mil postos abertos, segundo o Ministério da Saúde.
Agora, o programa vai abrir inscrições para médicos estrangeiros – e aí começa a maior polêmica. Os brasileiros são contra a vinda de médicos de fora do país sem que eles passem pela prova de revalidação do diploma.
Pela parceria com o Mais Médicos, os profissionais de fora poderão exercer medicina em locais específicos, pré-determinados e por um período limitado. Para isso, serão isentos da prova de revalidação de diploma, que permitiria que eles praticassem medicina em qualquer lugar do Brasil.
Associações médicas já se colocaram contra a vida de estrangeiros sem revalidação do diploma.