Chuva em SP: quatro pessoas morreram e 539 pessoas tiveram que deixar suas casas neste fim de semana
Entre sábado e domingo, foram registrados acumulados de chuva que variavam entre 44 e 131 milímetros por município
Agência de notícias
Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 06h54.
Última atualização em 22 de janeiro de 2024 às 06h54.
Chuvas fortes têm atingido todo o território paulista ao longo deste fim de semana e, desde quinta-feira, 18, 15 municípios foram "severamente atingidos", segundo boletim da Defesa Civil do Estado divulgado neste domingo, 21. Ao todo, 182 árvores caíram, 27 postes de energia foram danificados, oito imóveis foram destelhados, sete pessoas ficaram feridas, quatro faleceram, 492 ficaram desabrigadas e 47 desalojadas até a manhã de hoje.
Somente entre a manhã de sábado, 20, e a deste domingo, 21, foram registrados acumulados de chuva que variavam entre 44 e 131 milímetros por município, afirma a Defesa Civil estadual. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a média de chuva normal para todo o mês janeiro na capital de São Paulo, por exemplo, é de 292 mm.
Algumas das cidades que tiveram maior volume de chuva no período foram, segundo a Defesa Civil estadual:
- Peruíbe: 131mm;
- Sorocaba: 117mm;
- Itanhaém: 101mm;
- Apiaí: 93mm;
- Itariri: 84mm;
- Mairinque: 81mm;
- Ibiúna: 78mm.
As chuvas também têm sido acompanhadas de raios, o que provocou uma morte na Praia Grande, litoral sul do Estado, no sábado. Uma mulher de 60 anos morreu, na praia, após ser atingida pela descarga elétrica. Além dela, mais sete pessoas foram atingidas e socorridas em unidades de saúde e/ou pelo Corpo de Bombeiros e equipe do Samu na própria praia.
As outras três mortes aconteceram em Limeira, no interior, onde mãe e filha se afogaram ao tentar salvar um carro que estava sendo levado pela enxurrada, e em Sorocaba, onde uma idosa de 74 anos não conseguiu sair do automóvel quando subia o nível da água na avenida por onde passava.
Em Sorocaba, o Hospital do Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (GPACI), referência na região no tratamento contra a doença, foi fortemente afetado. Houve perda de equipamentos, remédios de alto custo, insumos médicos, alimentos e produtos de higiene. Nenhum paciente ou funcionário se feriu.
A Defesa Civil diz que, em Socorro, houve extravasamento de córregos e do Rio do Peixe, alagando cerca de 150 imóveis e dezenas de ruas. "A prefeitura montou um abrigo emergencial no ginásio de esportes. A Defesa Civil do Estado encaminhou 600 itens em ajuda humanitária para a cidade. O caminhão deve chegar lá às 18h", afirma o órgão.
"A Secretaria de Serviços do município está limpando as ruas e recolhendo os lixos nas calçadas. Os moradores afetados estão limpando suas casas. Não há registro de vítimas e nem destruição de equipamentos públicos."
Algo similar aconteceu em Pinhalzinho: houve extravasamento do Rio Cachoeirinha, atingindo três imóveis do bairro de mesmo nome e deixando 12 pessoas desalojadas (quando perdem sua casa, mas têm a casa de familiares ou amigos para se abrigarem). "Até o momento não há registro de pessoa ferida ou desaparecida", afirma o órgão.
Em Votorantim, pelo menos duas residências foram atingidas. Seis pessoas ficaram desabrigadas (quando perdem a casa e não têm para onde ir) e foram encaminhadas para o Centro Comunitário do Parque Bela Vista. Outras seis ficaram desalojadas e foram encaminhadas para casa de familiares.
No litoral, Peruíbe teve quedas de árvores e pontos de alagamentos nos bairros Ribamar, Caraguava, Arpoador 1 e 2, Dos Prados, Vila Herminda e Estância dos Eucaliptos. Duas residências foram tomadas pela água, mas não houve registro de pessoa ferida.
A previsão é de que a frente fria continue se deslocando pela costa do Estado de São Paulo neste domingo. "Ainda provoca condições para precipitações a qualquer momento do dia, principalmente na faixa leste", diz a Defesa Civil do Estado.