Campos Neto vai ao Senado para explicar taxa de juros nesta terça, 25
Presidente do BC também deverá esclarecer erro na série de câmbio contratado entre 2021 e 2022 no valor de US$ 14,5 bilhões
Reporter colaborador, em Brasília
Publicado em 25 de abril de 2023 às 02h17.
Última atualização em 25 de abril de 2023 às 08h43.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deve comparecer nesta terça-feira, 25, à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para prestar informações sobre a atual taxa de juros (Selic). Os senadores também esperam ouvir explicações sobre o erro ocorrido na série de câmbio contratado entre 2021 e 2022, e que foi constado neste ano. A audiência pública está marcada para as 9h.
O convite para Campos Neto comparecer à audiência atende a um pedido de requerimento do presidente da CAE, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). Na justificativa, ele alega que a atual taxa Selic, atualmente fixada em 13,75% ao ano, vem sendo criticada por ser considerada muito elevada pela atual equipe econômica do governo federal. Vanderlan, pontua que a taxa Selic depende da avaliação de riscos e oportunidades do cenário macroeconômico feita pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
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Ainda de acordo com o senador, quando a taxa Selic aumenta, o acesso ao dinheiro pela população, tanto por linhas de crédito, empréstimos ou financiamentos, fica reduzido.
“Assim, o consumidor deixa de fazer gastos maiores para poupar no período de alta inflacionária. A longo prazo, essa estratégia tende a frear a inflação para que seja possível gerar uma oferta mais barata de acordo com a demanda reduzida”, afirma o senador. Para o parlamentar, o atual patamar da taxa básica de juros tem gerado muito debate na área econômica sobre a obrigação de o Banco Central reduzir o índice.
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Erro na série de câmbio contratado entre 2021 e 2022
Campos Netos também deverá prestar esclarecimentos sobre erro ocorrido na série de câmbio contratado nas estatísticas do setor externo do Banco Central, no período de outubro de 2021 a dezembro de 2022, referente ao total de US$ 14,5 bilhões. O erro na compilação dos dados do fluxo cambial (ou seja, o volume de dólares que entram e saem do país) foi constatado em janeiro de 2023.
O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), autor do requerimento, pede que Campos Neto esclareça o que permitiu o erro e a sua permanência por mais de um ano, quais providências foram adotadas para correção, quais foram os impactos negativos dessa falha na economia e que ações o BC está tomando para “aperfeiçoar os controles internos da instituição frente à sua clara insuficiência”.
Com informações de Agência Senado