Campos Neto diz ficará no cargo até o fim do mandato e que Banco Central tem autonomia
Segundo ele, a agenda de inovação não deve mudar com a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas citou brevemente, sem dar detalhes, que acha que "outras partes" podem ter "mais adaptações"
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 12h58.
Questionado nesta terça-feira, 13, se a mudança de governo pode alterar projetos digitais tocados pelo Banco Central , o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto , repetiu que a instituição tem autonomia e confirmou que deve continuar à frente do BC até o fim do seu mandato em 2024.
Segundo ele, a agenda de inovação não deve mudar com a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas citou brevemente, sem dar detalhes, que acha que "outras partes" podem ter "mais adaptações".
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"O Banco Central tem autonomia. Eu fico no cargo mais dois anos. Grande parte dos projetos do BC não é de um presidente ou de uma equipe, é da instituição. Eu peguei um legado muito bom do meu antecessor, que construiu vários caminhos, várias pontes", afirmou, em evento organizado pelo Poder360 e PicPay.
Segundo ele, a agenda de inovação do BC foi adotada pelos funcionários da autarquia e vai continuar independentemente de quem estiver no governo, considerando também que a digitalização é exponencial e que "não podemos perder esse caminho".
"Acho que, na outra parte, pode haver mais adaptações. Nessa parte, na visualização do que é o futuro financeiro, vejo que é um pouco independente. Minha resposta é de que não vai mudar com o novo governo. Precisamos de melhorias", disse Campos Neto, sem detalhar quais seriam as adaptações e em que partes relacionadas ao BC.
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