Exame Logo

Campos diz que não vetará alianças por ideologia

Governador de Pernambuco disse que poderá se aliar a qualquer partido que concorde com o programa da dobradinha PSB-Rede

Marina Silva e Eduardo Campos: a parceria PSB-Rede vive um momento de tensão. Os aliados de Marina resistem à aproximação do partido de Campos em Minas Gerais e em São Paulo (Ueslei Marcelino/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2014 às 09h24.

Recife - Provável candidato à Presidência da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou nesta sexta-feira (07) que não fará veto a alianças por ideologia.

Ele afirmou, após encontro com a neoaliada Marina Silva em Recife, que poderá se aliar a qualquer partido que concorde com o programa da dobradinha PSB-Rede. "Aqueles que quiserem se somar a essas diretrizes, a esse conteúdo, serão bem-vindos", disse.

A prévia do plano de governo foi lançada nesta semana em Brasília. O documento traz orientações genéricas sobre grandes temas do País e procura abarcar o discurso de sustentabilidade da ex-ministra do Meio Ambiente.

Na parte política, porém, a parceria PSB-Rede vive um momento de tensão. Os aliados de Marina resistem à aproximação do partido do governador pernambucano em dois Estados: São Paulo, onde o PSB é muito próximo do governador Geraldo Alckmin (PSDB), e Minas Gerais, terra do também presidenciável Aécio Neves (PSDB) e onde os correligionários de Campos costumam se aliar aos tucanos.

Campos falou à imprensa na porta de sua casa, no bairro de Dois Irmãos, ao lado de Marina, que fez uma visita à primeira-dama do Estado, Renata, e à família depois da chegada do quinto filho do governador, Miguel.

Marina afirmou que "nenhuma aliança está consolidada". "Os contatos que estão sendo feitos são os que vinham sendo feitos pelo PSB e o esforço que estamos fazendo é que este programa tenha uma base de sustentação coerente com este programa", observou. "Este é o esforço do governador, é o esforço da Rede e, como disse o governador, não vamos fazer nada que se sobreponha a este conteúdo, a este processo de inovação na política brasileira".

A Rede de Marina teve o registro rejeitado no ano passado porque não conseguiu o número de assinaturas necessárias para a sua criação. Para poder disputar a eleição, Marina e seu grupo se filiaram ao PSB de Campos.

‘Velha política’

Indagado se a abertura para alianças partidárias não é característica da "velha política", indo de encontro à "nova política" que prega, Campos afirmou que hoje os partidos se unem "em torno dos seus interesses, só para ter as coisas", enquanto suas alianças serão feitas "em torno de uma pauta do povo". "A nova política estamos fazendo", disse o presidenciável.


"Fizemos a primeira união de partidos políticos em torno de um programa e apresentamos as diretrizes deste programa para a sociedade", afirmou. "Fizemos um governo de mudança, reconhecido por 86% da população porque fizemos aliança em torno de programa de mudança efetiva, de respeito à cidadania, com participação da população nas decisões no controle social, que aposta na transparência", afirmou o governador pernambucano.

Ainda segundo Campos, seu candidato a vice será anunciado "quando chegar a hora, no tempo certo".

"Sabemos, eu e Marina, dos passos seguintes às diretrizes programáticas que foram lançadas há poucos dias", afirmou. A ex-ministra do Meio Ambiente é cotada para assumir o posto. "Os Estados já começam a discutir as diretrizes do programa para preparar um debate consistente em cada um deles e nós vamos dar o passo seguinte de forma combinada, no tempo certo", disse o governador. No dia 22 de fevereiro haverá o primeiro encontro regional, no Rio Grande do Sul.

Marina fez palestra sobre desenvolvimento sustentável à noite num seminário da Igreja Anglicana, no município metropolitano de Jaboatão dos Guararapes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também

Recife - Provável candidato à Presidência da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou nesta sexta-feira (07) que não fará veto a alianças por ideologia.

Ele afirmou, após encontro com a neoaliada Marina Silva em Recife, que poderá se aliar a qualquer partido que concorde com o programa da dobradinha PSB-Rede. "Aqueles que quiserem se somar a essas diretrizes, a esse conteúdo, serão bem-vindos", disse.

A prévia do plano de governo foi lançada nesta semana em Brasília. O documento traz orientações genéricas sobre grandes temas do País e procura abarcar o discurso de sustentabilidade da ex-ministra do Meio Ambiente.

Na parte política, porém, a parceria PSB-Rede vive um momento de tensão. Os aliados de Marina resistem à aproximação do partido do governador pernambucano em dois Estados: São Paulo, onde o PSB é muito próximo do governador Geraldo Alckmin (PSDB), e Minas Gerais, terra do também presidenciável Aécio Neves (PSDB) e onde os correligionários de Campos costumam se aliar aos tucanos.

Campos falou à imprensa na porta de sua casa, no bairro de Dois Irmãos, ao lado de Marina, que fez uma visita à primeira-dama do Estado, Renata, e à família depois da chegada do quinto filho do governador, Miguel.

Marina afirmou que "nenhuma aliança está consolidada". "Os contatos que estão sendo feitos são os que vinham sendo feitos pelo PSB e o esforço que estamos fazendo é que este programa tenha uma base de sustentação coerente com este programa", observou. "Este é o esforço do governador, é o esforço da Rede e, como disse o governador, não vamos fazer nada que se sobreponha a este conteúdo, a este processo de inovação na política brasileira".

A Rede de Marina teve o registro rejeitado no ano passado porque não conseguiu o número de assinaturas necessárias para a sua criação. Para poder disputar a eleição, Marina e seu grupo se filiaram ao PSB de Campos.

‘Velha política’

Indagado se a abertura para alianças partidárias não é característica da "velha política", indo de encontro à "nova política" que prega, Campos afirmou que hoje os partidos se unem "em torno dos seus interesses, só para ter as coisas", enquanto suas alianças serão feitas "em torno de uma pauta do povo". "A nova política estamos fazendo", disse o presidenciável.


"Fizemos a primeira união de partidos políticos em torno de um programa e apresentamos as diretrizes deste programa para a sociedade", afirmou. "Fizemos um governo de mudança, reconhecido por 86% da população porque fizemos aliança em torno de programa de mudança efetiva, de respeito à cidadania, com participação da população nas decisões no controle social, que aposta na transparência", afirmou o governador pernambucano.

Ainda segundo Campos, seu candidato a vice será anunciado "quando chegar a hora, no tempo certo".

"Sabemos, eu e Marina, dos passos seguintes às diretrizes programáticas que foram lançadas há poucos dias", afirmou. A ex-ministra do Meio Ambiente é cotada para assumir o posto. "Os Estados já começam a discutir as diretrizes do programa para preparar um debate consistente em cada um deles e nós vamos dar o passo seguinte de forma combinada, no tempo certo", disse o governador. No dia 22 de fevereiro haverá o primeiro encontro regional, no Rio Grande do Sul.

Marina fez palestra sobre desenvolvimento sustentável à noite num seminário da Igreja Anglicana, no município metropolitano de Jaboatão dos Guararapes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:CelebridadesEduardo CamposEleiçõesGovernadoresMarina SilvaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame