Campos sob suspeita; Bolsonaro réu…
Não renuncia Na longa entrevista coletiva que concedeu no final da manhã, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou que não renuncia ao posto. Ele alegou que está tendo seu direito de defesa cerceado, já que não pode articular para salvar o mandato. Cunha também disse que recusou propostas do ex-ministro da Casa Civil, […]
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2016 às 18h58.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h19.
Não renuncia
Na longa entrevista coletiva que concedeu no final da manhã, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou que não renuncia ao posto. Ele alegou que está tendo seu direito de defesa cerceado, já que não pode articular para salvar o mandato. Cunha também disse que recusou propostas do ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para trocar a paralisação do processo de impedimento de Dilma Rousseff pelos votos do PT que o salvariam da cassação no Conselho de Ética. Cunha apareceu sozinho frente à imprensa, mas disse que fez isso por opção.
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Bolsonaro réu
O deputado federal Jair Bolsonaro tornou-se réu de dois processos no Supremo, um por incitação ao estupro e outro por injúria, por ter dito que não estupraria a também deputada federal Maria do Rosário porque ela “não merecia”. Se condenado, ele pode ser punido com pena de 3 a 6 meses de prisão. Os ministros que votaram a favor da aceitação do processo disseram que, por não ter relação com o exercício do mandato, o que Bolsonaro disse não pode ser resguardado pela imunidade parlamentar. Eles também concordaram que discursos com o do deputado podem encorajar o crime.
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Uma campanha sob suspeita
A investigação originada pela queda do avião que matou Eduardo Campos durante a disputa pela presidência em 2014 levou a Polícia Federal a desmontar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. A operação Turbulência identificou 18 contas bancárias usadas para irrigar as campanhas de Campos para a presidência e para o governo de Pernambuco, em 2010, de dinheiro ilícito. Quatro pessoas foram presas. O PSB, de Campos, e Marina Silva, vice na chapa, ainda não se pronunciaram.
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Russomanno líder e delatado
O deputado federal Celso Russomanno (PRB) foi apontado como líder na pesquisa Ibope para a prefeitura de São Paulo apresentada na manhã desta terça. Com 26% das intenções de voto, o deputado está à frente de Marta Suplicy (PMDB), com 10%, Luiza Erundina (PSOL), com 8%, e do atual prefeito Fernando Haddad (PT), com 7%. Também nesta terça, se tornou público que Russomanno foi citado na delação do ex-presidente do PP Pedro Corrêa, que disse que o deputado era um dos beneficiados pelo dinheiro recebido pelo partido no Mensalão. Ele também usaria seu poder na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara para pressionar empresários por dinheiro. Russomanno tem um processo contra ele no STF por contratar uma funcionária fantasma para seu gabinete em Brasília. Caso seja condenado, pode ser impedido de concorrer à prefeitura.
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A culpa não é da Olimpíada
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse nesta terça-feira que “se alguém deveria estar quebrado por causa da Olimpíada, deveria ser a prefeitura”. Ele se referia à situação do estado, que decretou calamidade pública e colocou a culpa nos jogos. De acordo com Paes, somando todos os gastos públicos com instalações esportivas e obras de melhoria urbana, o estado gastou 10 bilhões de reais, enquanto a prefeitura investiu 19,3 bilhões. Além disso, disse que a prefeitura foi responsável pelo pagamento de 94% das obras esportivas. O prefeito disse que não há qualquer relação entre os jogos e a crise no estado, que chegou a essa situação por outros motivos.