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Campanha petista vive paradoxo em São Paulo e Minas

O desempenho abaixo das expectativas da petista no território paulista frustrou a cúpula do partido, que, por outro lado, derrotou o PSDB em Minas

Urna: o PT vai insistir que Aécio foi rejeitado em seus próprio Estado (Elza Fiúza/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 10h16.

São Paulo - A campanha de Dilma Rousseff (PT) viveu um paradoxo em São Paulo e Minas Gerais, os dois maiores colégios eleitorais do País. O desempenho abaixo das expectativas da petista no território paulista frustrou a cúpula do partido e acendeu a luz amarela na campanha.

Por outro lado, as vitórias em Minas de Fernando Pimentel (PT) sobre Pimenta da Veiga (PSDB), na disputa pelo governo, e de Dilma sobre Aécio Neves (PSDB), na eleição presidencial, vai se transformar em um dos principais eixos do discurso petista para o 2.º turno.

Ao conquistar o segundo maior colégio eleitoral, desbancando a hegemonia tucana de 12 anos no comando do Estado, o PT vai insistir que Aécio foi rejeitado em seus próprio Estado e usar o resultado da eleição em Minas para tentar desconstruir o tucano.

"Vai ficar evidente neste 2.º turno que a campanha do Aécio foi muito centrada na gestão de Minas. Se ele perde o governo de Minas no 1.º turno para o (Fernando) Pimentel (PT) e perde para a Dilma, fica a imagem de que quem conhece o Aécio não vota nele", disse o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. A tese foi repetida à exaustão por petistas neste domingo, 5.

Por outro lado, a derrota de Alexandre Padilha para o governo de São Paulo foi considerada só a ponta do iceberg do revés sofrido pelo PT no Estado onde o partido foi fundado e tem suas maiores lideranças.

Além de não alcançar patamar mínimo da sigla na eleição para governador, o PT também perdeu a cadeira que mantinha há 24 anos no Senado, contabiliza redução drástica nas bancadas estadual e federal. Mas o que mais preocupa o partido é o desempenho da presidente.

Embora tenha concentrado a campanha em São Paulo na reta final, aliado ao empenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma teve apenas 26% dos votos dos paulistas contra 44% do tucano Aécio Neves.

A presidente ficou à frente de Marina Silva, do PSB, por uma diferença de menos de 1 ponto porcentual - aproximadamente 170 mil votos.

Ainda contabilizando os resultados, logo após a apuração final, o presidente do diretório estadual do partido, Emídio de Souza, não encontrava respostas para o baixo desempenho do partido nas urnas paulistas.

As pesquisas qualitativas feitas durante a corrida eleitoral apontam três fatores primordiais para o aumento da rejeição dos paulistas ao PT. Pela ordem, seria a baixa avaliação do governo Dilma, na Presidência e de Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo, e os escândalos de corrupção, em especial o mensalão, que culminou com a prisão de militantes históricos do partido no Estado.

Comparação

No plano federal, outro pilar importante do discurso de Dilma nos próximos 20 dias, segundo Mercadante, será a comparação com o governo tucano entre 1994 e 1998. "Disputamos as três últimas eleições presidenciais contra o PSDB e vencemos. Em comparação com o governo FHC nossos dados são muito melhores", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A campanha de Dilma Rousseff (PT) viveu um paradoxo em São Paulo e Minas Gerais, os dois maiores colégios eleitorais do País. O desempenho abaixo das expectativas da petista no território paulista frustrou a cúpula do partido e acendeu a luz amarela na campanha.

Por outro lado, as vitórias em Minas de Fernando Pimentel (PT) sobre Pimenta da Veiga (PSDB), na disputa pelo governo, e de Dilma sobre Aécio Neves (PSDB), na eleição presidencial, vai se transformar em um dos principais eixos do discurso petista para o 2.º turno.

Ao conquistar o segundo maior colégio eleitoral, desbancando a hegemonia tucana de 12 anos no comando do Estado, o PT vai insistir que Aécio foi rejeitado em seus próprio Estado e usar o resultado da eleição em Minas para tentar desconstruir o tucano.

"Vai ficar evidente neste 2.º turno que a campanha do Aécio foi muito centrada na gestão de Minas. Se ele perde o governo de Minas no 1.º turno para o (Fernando) Pimentel (PT) e perde para a Dilma, fica a imagem de que quem conhece o Aécio não vota nele", disse o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. A tese foi repetida à exaustão por petistas neste domingo, 5.

Por outro lado, a derrota de Alexandre Padilha para o governo de São Paulo foi considerada só a ponta do iceberg do revés sofrido pelo PT no Estado onde o partido foi fundado e tem suas maiores lideranças.

Além de não alcançar patamar mínimo da sigla na eleição para governador, o PT também perdeu a cadeira que mantinha há 24 anos no Senado, contabiliza redução drástica nas bancadas estadual e federal. Mas o que mais preocupa o partido é o desempenho da presidente.

Embora tenha concentrado a campanha em São Paulo na reta final, aliado ao empenho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma teve apenas 26% dos votos dos paulistas contra 44% do tucano Aécio Neves.

A presidente ficou à frente de Marina Silva, do PSB, por uma diferença de menos de 1 ponto porcentual - aproximadamente 170 mil votos.

Ainda contabilizando os resultados, logo após a apuração final, o presidente do diretório estadual do partido, Emídio de Souza, não encontrava respostas para o baixo desempenho do partido nas urnas paulistas.

As pesquisas qualitativas feitas durante a corrida eleitoral apontam três fatores primordiais para o aumento da rejeição dos paulistas ao PT. Pela ordem, seria a baixa avaliação do governo Dilma, na Presidência e de Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo, e os escândalos de corrupção, em especial o mensalão, que culminou com a prisão de militantes históricos do partido no Estado.

Comparação

No plano federal, outro pilar importante do discurso de Dilma nos próximos 20 dias, segundo Mercadante, será a comparação com o governo tucano entre 1994 e 1998. "Disputamos as três últimas eleições presidenciais contra o PSDB e vencemos. Em comparação com o governo FHC nossos dados são muito melhores", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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