Brasil precisa agora de mudanças, diz Tony Blair
Blair falou com a imprensa minutos depois de uma audiência com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2012 às 19h28.
Brasília - Após 20 anos de "notável sucesso", o Brasil precisa agora de mudanças na educação, infraestrutura e no sistema tributário para chegar "ao próximo nível" de desenvolvimento, disse o ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, nesta terça, durante o congresso do Movimento Brasil Competitivo (MBC), em Brasília. "Todos os países enfrentam esse desafio de mudança", afirmou. "Quando o mundo está mudando ao seu redor, você precisa mudar."
Blair falou com a imprensa minutos depois de uma audiência com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, na qual discutiram "como tirar as ideias da cabeça e colocá-las em execução", segundo o ex-premiê do Reino Unido. A conversa com a presidente abrangeu o conflito no Oriente Médio, mas "focou bastante" na crise da zona do Euro.
Segundo Blair, a saída do problema passa por decisões políticas difíceis e algum grau de mutualização da dívida. Ou seja: os governos ricos do Norte europeu, como a Alemanha, precisam autorizar a "compra" de títulos italianos e espanhóis e se responsabilizar pela dívida da Grécia.
O ex-primeiro ministro, que perdeu o cargo após fortes críticas sobre a participação do Reino Unido na invasão do Iraque, contou que Dilma leu sua biografia, e discutiu com ele o uso de Parcerias Público-Privadas (PPP) para alavancar projetos em infraestrutura. A presidente também ouviu Blair sobre a experiência de seu país com a Olimpíada de Londres.
Indagado sobre a situação na embaixada do Equador em Londres, onde se abriga o ativista Julian Assange, Blair disse não acreditar que o caso perturbará as relações de seu país com a América Latina. Assange recebeu asilo político do Equador mas não possui garantias do governo britânico de que deixará o país sem ser preso.
Após a entrevista, Blair fez uma palestra no congresso do MBC e brincou. "Foi um pouco triste ver o Brasil ultrapassar o Reino Unido como a sexta economia do mundo, mas, se vocês fizerem grandes jogos olímpicos em 2016, nós os perdoaremos."
Brasília - Após 20 anos de "notável sucesso", o Brasil precisa agora de mudanças na educação, infraestrutura e no sistema tributário para chegar "ao próximo nível" de desenvolvimento, disse o ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, nesta terça, durante o congresso do Movimento Brasil Competitivo (MBC), em Brasília. "Todos os países enfrentam esse desafio de mudança", afirmou. "Quando o mundo está mudando ao seu redor, você precisa mudar."
Blair falou com a imprensa minutos depois de uma audiência com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, na qual discutiram "como tirar as ideias da cabeça e colocá-las em execução", segundo o ex-premiê do Reino Unido. A conversa com a presidente abrangeu o conflito no Oriente Médio, mas "focou bastante" na crise da zona do Euro.
Segundo Blair, a saída do problema passa por decisões políticas difíceis e algum grau de mutualização da dívida. Ou seja: os governos ricos do Norte europeu, como a Alemanha, precisam autorizar a "compra" de títulos italianos e espanhóis e se responsabilizar pela dívida da Grécia.
O ex-primeiro ministro, que perdeu o cargo após fortes críticas sobre a participação do Reino Unido na invasão do Iraque, contou que Dilma leu sua biografia, e discutiu com ele o uso de Parcerias Público-Privadas (PPP) para alavancar projetos em infraestrutura. A presidente também ouviu Blair sobre a experiência de seu país com a Olimpíada de Londres.
Indagado sobre a situação na embaixada do Equador em Londres, onde se abriga o ativista Julian Assange, Blair disse não acreditar que o caso perturbará as relações de seu país com a América Latina. Assange recebeu asilo político do Equador mas não possui garantias do governo britânico de que deixará o país sem ser preso.
Após a entrevista, Blair fez uma palestra no congresso do MBC e brincou. "Foi um pouco triste ver o Brasil ultrapassar o Reino Unido como a sexta economia do mundo, mas, se vocês fizerem grandes jogos olímpicos em 2016, nós os perdoaremos."