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Brasil deve comprar mísseis em 2016

Serão três unidades do sistema de defesa antiaérea Pantsir-S1, de fabricação russa

Michel Temer e primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev (Romerio Cunha/Vice-Presidência)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2015 às 09h04.

Paris - O governo brasileiro deve oficializar em 2016 um contrato para compra de três unidades do sistema de defesa antiaérea Pantsir-S1, de fabricação russa.

O encaminhamento do acordo, no valor de US$ 500 milhões, foi confirmado pelo embaixador do Brasil na Rússia, José Antonio Vallim Guerreiro, e por empresários da área de Defesa às margens da visita do vice-presidente Michel Temer a Moscou, onde se encontrou com o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, na quarta-feira, 16.

A viagem da delegação liderada por Michel Temer ocorreu entre o domingo e a quarta-feira. O vice-presidente viajou a Moscou acompanhado de seis ministros do PMDB, mas não do ministro da Defesa, Jaques Wagner, cuja presença chegara a ser anunciada.

Mesmo com a ausência da principal autoridade da área no setor de Defesa, entretanto, as negociações para a aquisição do sistemas Pantsir-S1 evoluíram.

De acordo com a agência de notícias pública russa Ria Novosti, o acordo para a compra das baterias antiaéreas deve ser concluído em 2016. A previsão foi confirmada em Moscou pelo embaixador brasileiro.

"Segundo as informações que tenho, o contrato será assinado no próximo ano, em um contrato total de US$ 500 milhões", afirmou Guerreiro, que indicou a perspectiva de compra de três unidades dos veículos. O Serviço Federal para Cooperação Técnica-Militar da Rússia também confirma a iminência do negócio.

Carência

A transação foi um dos objetos de conversações na 9ª Reunião da Comissão Intergovernamental de Cooperação (CIC) Brasil-Rússia, realizada esta semana, com a presença de Temer. Segundo informações obtidas pelo Estado durante o evento, o negócio pode prever oito anos de carência no pagamento - o que reduziria o impacto orçamentário de curto prazo, sem comprometer o momento de ajuste fiscal no Brasil.

No entanto, de acordo com um empresário brasileiro da área de armamentos presente em Moscou, o custo pode variar "até US$ 700 milhões, dependendo das exigências de transferência de tecnologia que podem ser feitas pelo Ministério da Defesa".

O interesse do Ministério da Defesa pelo Pantsir-S1 existe desde 2013 e a perspectiva inicial era de que a aquisição fosse sacramentada em tempo de os equipamentos serem utilizados na época da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, por serem adaptados à proteção de prédios e de instalações estratégicas.

Entre as características do equipamento, estão a capacidade de atingir alvos a curta e média distâncias, entre 1,2 quilômetro e 20 quilômetros de distância.

A Rússia - assim como os Estados Unidos e a França - também demonstrou interesse em acordos para aproveitar a infraestrutura da base aeroespacial de Alcântara (MA), um dos melhores pontos do mundo para lançamento de foguetes. A ideia dos russos seria explorar o lançamento dos lança-foguetes Angara, desenvolvido pelo Centro Khrunichev de Pesquisas Espaciais.

Ucrânia. Mas as negociações caminham para um acordo do Brasil com os norte-americanos, ou para uma parceria para exploração conjunta entre Brasil, EUA e França. As negociações começaram desde o rompimento, em julho, do acordo firmado entre o governo brasileiro e a Ucrânia.

Segundo o empresário do setor de Defesa, "a Rússia chegou a abrir conversas primárias de um acordo para o lançamento de foguetes de até 64 toneladas, mas os americanos estão adiantados. O acordo foi encaminhado durante a visita de Dilma Rousseff a Washington (em visita oficial da presidente à Casa Branca, em junho)".

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Paris - O governo brasileiro deve oficializar em 2016 um contrato para compra de três unidades do sistema de defesa antiaérea Pantsir-S1, de fabricação russa.

O encaminhamento do acordo, no valor de US$ 500 milhões, foi confirmado pelo embaixador do Brasil na Rússia, José Antonio Vallim Guerreiro, e por empresários da área de Defesa às margens da visita do vice-presidente Michel Temer a Moscou, onde se encontrou com o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, na quarta-feira, 16.

A viagem da delegação liderada por Michel Temer ocorreu entre o domingo e a quarta-feira. O vice-presidente viajou a Moscou acompanhado de seis ministros do PMDB, mas não do ministro da Defesa, Jaques Wagner, cuja presença chegara a ser anunciada.

Mesmo com a ausência da principal autoridade da área no setor de Defesa, entretanto, as negociações para a aquisição do sistemas Pantsir-S1 evoluíram.

De acordo com a agência de notícias pública russa Ria Novosti, o acordo para a compra das baterias antiaéreas deve ser concluído em 2016. A previsão foi confirmada em Moscou pelo embaixador brasileiro.

"Segundo as informações que tenho, o contrato será assinado no próximo ano, em um contrato total de US$ 500 milhões", afirmou Guerreiro, que indicou a perspectiva de compra de três unidades dos veículos. O Serviço Federal para Cooperação Técnica-Militar da Rússia também confirma a iminência do negócio.

Carência

A transação foi um dos objetos de conversações na 9ª Reunião da Comissão Intergovernamental de Cooperação (CIC) Brasil-Rússia, realizada esta semana, com a presença de Temer. Segundo informações obtidas pelo Estado durante o evento, o negócio pode prever oito anos de carência no pagamento - o que reduziria o impacto orçamentário de curto prazo, sem comprometer o momento de ajuste fiscal no Brasil.

No entanto, de acordo com um empresário brasileiro da área de armamentos presente em Moscou, o custo pode variar "até US$ 700 milhões, dependendo das exigências de transferência de tecnologia que podem ser feitas pelo Ministério da Defesa".

O interesse do Ministério da Defesa pelo Pantsir-S1 existe desde 2013 e a perspectiva inicial era de que a aquisição fosse sacramentada em tempo de os equipamentos serem utilizados na época da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, por serem adaptados à proteção de prédios e de instalações estratégicas.

Entre as características do equipamento, estão a capacidade de atingir alvos a curta e média distâncias, entre 1,2 quilômetro e 20 quilômetros de distância.

A Rússia - assim como os Estados Unidos e a França - também demonstrou interesse em acordos para aproveitar a infraestrutura da base aeroespacial de Alcântara (MA), um dos melhores pontos do mundo para lançamento de foguetes. A ideia dos russos seria explorar o lançamento dos lança-foguetes Angara, desenvolvido pelo Centro Khrunichev de Pesquisas Espaciais.

Ucrânia. Mas as negociações caminham para um acordo do Brasil com os norte-americanos, ou para uma parceria para exploração conjunta entre Brasil, EUA e França. As negociações começaram desde o rompimento, em julho, do acordo firmado entre o governo brasileiro e a Ucrânia.

Segundo o empresário do setor de Defesa, "a Rússia chegou a abrir conversas primárias de um acordo para o lançamento de foguetes de até 64 toneladas, mas os americanos estão adiantados. O acordo foi encaminhado durante a visita de Dilma Rousseff a Washington (em visita oficial da presidente à Casa Branca, em junho)".

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