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Bolsonaro pede à Venezuela que não dê proteção aos "terroristas do ELN"

A declaração do presidente foi feita após o atentado em uma escola de cadetes na Colômbia, que matou mais de 20 pessoas e deixou dezenas de feridos

Bolsonaro: (Valter Campanato/Agência Brasil)

Bolsonaro: (Valter Campanato/Agência Brasil)

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EFE

Publicado em 19 de janeiro de 2019 às 12h59.

Última atualização em 19 de janeiro de 2019 às 13h01.

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro pediu à Venezuela que não ofereça "guarida", nem "proteção" aos "terroristas" da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), após o atentado na Colômbia contra uma escola de cadetes da polícia que deixou mais de 20 mortos e cerca de 70 feridos.

A secretaria de comunicação social da Presidência da República divulgou neste sábado um vídeo nas redes sociais no qual Bolsonaro também solicitou ao ELN que "depusesse suas armas" e "colocasse em liberdade os incontáveis sequestrados que tem em seu poder".

Bolsonaro disse que telefonou para o presidente da Colômbia, Iván Duque, para mostrar sua "solidariedade" pelo ataque "terrorista" de quinta-feira, atribuído ao ELN, contra a Escola General Francisco de Paula Santander, em Bogotá.

"Gostaríamos que a Venezuela não desse guarida, proteção a esses terroristas", disse Bolsonaro acompanhado de seu chanceler, Ernesto Araújo, em alusão aos integrantes da guerrilha.

O governo brasileiro elevou o tom contra Nicolás Maduro desde que este assumiu em 10 de janeiro o seu segundo mandato presidencial na Venezuela, que Bolsonaro considera "ilegítimo", seguindo a mesma linha do Grupo de Lima e dos Estados Unidos, entre outros países.

Bolsonaro afirmou na quinta-feira, depois de se reunir com vários líderes da oposição venezuelana em Brasília, que seu governo fará "o possível para que a democracia seja restabelecida" no país vizinho e para que seus cidadãos "possam viver em liberdade".

Além disso, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota no mesmo dia afirmando que "o sistema 'chefiado' por Maduro constitui um mecanismo de crime organizado" com base na "corrupção generalizada, no narcotráfico, no tráfico de pessoas, na lavagem de dinheiro e no terrorismo".

O Itamaraty também afirmou que, segundo a oposição venezuelana, o país está sofrendo "um genocídio silencioso, cometido pela ditadura de Maduro contra seu próprio povo".

Na nota, o Itamaraty ratificou que "o Brasil fará tudo para ajudar o povo venezuelano a voltar a viver em liberdade e a superar a catástrofe humanitária" no país.

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