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Bolsonaro filia-se ao PSL, seu partido para a campanha

ÀS SETE - O partido prometeu trabalhar para atrair parlamentares à legenda, para dar mais sustentação e tempo de TV na campanha do presidenciável

Bolsonaro: o candidato chegou ao novo partido causando desconforto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2018 às 06h45.

Última atualização em 7 de março de 2018 às 07h15.

Em seu sétimo mandato como deputado federal, Jair Bolsonaro filia-se nesta quarta-feira a mais um partido, o PSL. Ao longo de sua carreira na Câmara dos Deputados, passou por PP (que também foi PPB e PPR), PFL, PTB e PDC.

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Chegou a divulgar sua mudança para o PEN em 2017 para ser candidato à Presidência da República, mas recuou. Foi atraído então pelo deputado Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, que disponibilizou diretórios municipais a Bolsonaro e prometeu trabalhar para atrair parlamentares à legenda, para lhe dar mais sustentação e tempo de TV na campanha.

Líder nas pesquisas de intenção de voto que excluem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o candidato chegou ao novo partido causando desconforto.

O movimento Livres, que detinha 12 dos 27 diretórios estaduais do PSL, anunciou em janeiro a saída do partido por conta de sua chegada.

“Agora, infelizmente, Livres e PSL tomam caminhos separados. A chegada do deputado Jair Bolsonaro, negociada à revelia dos nossos acordos, é inteiramente incompatível com o projeto do Livres de construir no Brasil uma força partidária moderna, transparente e limpa”, dizia nota do grupo.

A saída do PSC também não foi amigável: Bolsonaro teve divergências públicas com o presidente da legenda Pastor Everaldo. A relação vinha ruim desde 2016, com devidas trocas de farpas. Bolsonaro renegava Everaldo desde o pastor foi citado por delatores da Odebrecht, que o acusaram de receber 6 milhões de reais em caixa dois na campanha de 2014.

Por outro lado, o PSC ventilou constrangimento pelos processos respondidos por Bolsonaro na Justiça, como a apologia ao estupro no episódio com a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

A mudança acontece no primeiro dia da janela partidária. Haverá, inclusive, uma cerimônia de filiação de Bolsonaro na Câmara dos Deputados. O presidenciável leva junto consigo seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), o estadual Flávio Bolsonaro (PSC-RJ) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).

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