Bolsonaro filia-se ao PSL, seu partido para a campanha
ÀS SETE - O partido prometeu trabalhar para atrair parlamentares à legenda, para dar mais sustentação e tempo de TV na campanha do presidenciável
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2018 às 06h45.
Última atualização em 7 de março de 2018 às 07h15.
Em seu sétimo mandato como deputado federal, Jair Bolsonaro filia-se nesta quarta-feira a mais um partido, o PSL. Ao longo de sua carreira na Câmara dos Deputados, passou por PP (que também foi PPB e PPR), PFL, PTB e PDC.
Às Sete – um guia rápido para começar seu dia
Leia também estas outras notícias da seçãoÀs Setee comece o dia bem informado:
- A B2W melhora, mas quem dá lucro mesmo é a Americanas
- Gol divulga segundo lucro anual consecutivo
- Em Londres, todos os bilhões do príncipe saudita
- Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo
Chegou a divulgar sua mudança para o PEN em 2017 para ser candidato à Presidência da República, mas recuou. Foi atraído então pelo deputado Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, que disponibilizou diretórios municipais a Bolsonaro e prometeu trabalhar para atrair parlamentares à legenda, para lhe dar mais sustentação e tempo de TV na campanha.
Líder nas pesquisas de intenção de voto que excluem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o candidato chegou ao novo partido causando desconforto.
O movimento Livres, que detinha 12 dos 27 diretórios estaduais do PSL, anunciou em janeiro a saída do partido por conta de sua chegada.
“Agora, infelizmente, Livres e PSL tomam caminhos separados. A chegada do deputado Jair Bolsonaro, negociada à revelia dos nossos acordos, é inteiramente incompatível com o projeto do Livres de construir no Brasil uma força partidária moderna, transparente e limpa”, dizia nota do grupo.
A saída do PSC também não foi amigável: Bolsonaro teve divergências públicas com o presidente da legenda Pastor Everaldo. A relação vinha ruim desde 2016, com devidas trocas de farpas. Bolsonaro renegava Everaldo desde o pastor foi citado por delatores da Odebrecht, que o acusaram de receber 6 milhões de reais em caixa dois na campanha de 2014.
Por outro lado, o PSC ventilou constrangimento pelos processos respondidos por Bolsonaro na Justiça, como a apologia ao estupro no episódio com a deputada Maria do Rosário (PT-RS).
A mudança acontece no primeiro dia da janela partidária. Haverá, inclusive, uma cerimônia de filiação de Bolsonaro na Câmara dos Deputados. O presidenciável leva junto consigo seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), o estadual Flávio Bolsonaro (PSC-RJ) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).