BC e Fazenda terão de esclarecer caso dos R$ 4 bi
Requerimentos foram despachados nesta terça pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP)
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2014 às 18h35.
Brasília - Os requerimentos de pedido de informação de parlamentares ao Ministério da Fazenda e ao Banco Central (BC) sobre o "caso dos R$ 4 bilhões" foram, enfim, despachados nesta terça-feira, 02, pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados.
Os requerimentos, de autoria dos deputados Antônio Imbassahy (PSDB-BA), Rubens Bueno (PPS-PR) e Antônio Faria de Sá (PTB-SP), foram assinados no dia 17 de julho, seis dias depois que o Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, revelou que o BC tinha encontrado em maio nada menos do que R$ 4 bilhões em créditos da União em uma conta em separado de um banco privado nacional.
O dinheiro estava em um grupamento contábil que escapava o sistema de verificação fiscal da autoridade monetária,segundo informações do BC,
Em nota enviada ao Estado, o gabinete do deputado Chinaglia informou que hoje, 48 dias depois, o deputado petista despachou os documentos ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
O gabinete de Arlindo Chinaglia afirmou que o deputado "não retardou nenhum requerimento de informação".
Segundo a nota do deputado petista, os requerimentos obedeceram "ao trâmite normal e com o tempo necessário para análise da assessoria técnica da primeira vice-presidência".
Os requerimentos de informações são dispositivos legais que permitem aos parlamentares acessarem informações protegidas por sigilo.
As autoridades, no caso o Ministério da Fazenda e o BC, têm 30 dias corridos para responder as perguntas dos parlamentares.
Como os requerimentos foram despachados hoje, BC e Fazenda têm até o dia 2 de outubro para responder as questões do Legislativo sobre o "caso dos R$ 4 bilhões".
O presidente do BC, Alexandre Tombini, já tinha indicado aos parlamentares que este seria o caminho indicado para obter informações sobre o assunto.
Durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, há quase um mês, Tombini afirmou: "para questões adicionais, certamente o Congresso tem poder requisitório para acessar qualquer evento mais concreto que eu não posso aqui me aprofundar".