Debate durante votação da MP 665 gera troca representativa
Deputado Alberto Fraga provocou a ira da bancada feminina alegando que "mulher que participa da política e bate como homem tem que apanhar como homem"
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2015 às 21h05.
Brasília - O bate-boca durante a votação da Medida Provisória 665 na semana passada entre o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) e a líder da bancada do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), gerou três novas representações por quebra de decoro parlamentar na Corregedoria da Câmara dos Deputados .
No calor dos debates da medida que alterou as regras de concessões de seguro-desemprego e abono salarial, Fraga provocou a ira da bancada feminina ao dizer que "mulher que participa da política e bate como homem tem que apanhar como homem".
O primeiro a entrar com o pedido de representação na Corregedoria foi Fraga contra Jandira. O parlamentar alega que a colega o ofendeu ao classificar sua atitude de "fascista".
O outro representado é o deputado Glauber Braga (PSB-RJ), que mencionou em plenário que a fama de Fraga no Distrito Federal era de "matador".
Com o apoio de outros parlamentares, Jandira encaminhou uma mesma representação contra Fraga e o deputado Roberto Freire (PPS-SP), este último acusado de ter segurado seu braço.
"Na verdade ela estava tentando tirar o microfone das mãos de Roberto Freire que, em um ato instintivo, apenas afastou seu braço para continuar a falar. É lamentável, que, no momento em que o governo Dilma joga sobre as costas dos trabalhadores o peso do reajuste por conta de sua irresponsabilidade e incompetência para governar, o PCdoB se preste ao papel infame de tentar intimidar um dos líderes da oposição: o deputado Roberto Freire, presidente nacional do PPS, que, com mais de 40 anos de vida pública ilibada, tem a sua integridade reconhecida por toda sociedade brasileira", diz a nota do PPS.
Os pedidos de representação serão apreciados pela presidência da Câmara. Se houver admissibilidade dos processos, os envolvidos serão notificados e terão cinco dias para apresentarem suas defesas.
A partir das manifestações dos deputados, a Corregedoria terá 45 dias úteis para apurar o caso, ouvindo áudios e checando as informações das notas taquigráficas.
Após a preparação do parecer, a Corregedoria encaminhará o documento à Mesa Diretora, que poderá aplicar punição aos parlamentares, arquivar o caso ou levar o caso ao Conselho de Ética.
Para Jandira, Fraga tentou inverter a situação ao antecipar a ação por quebra de decoro. "Vamos pressionar para julgar essas representações", avisou.
O PCdoB protocolou uma ação penal contra Fraga no Supremo Tribunal Federal (STF) e já tem prontas as representações contra Freire e Fraga, que serão protocoladas no Conselho de Ética.
Brasília - O bate-boca durante a votação da Medida Provisória 665 na semana passada entre o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) e a líder da bancada do PCdoB, Jandira Feghali (RJ), gerou três novas representações por quebra de decoro parlamentar na Corregedoria da Câmara dos Deputados .
No calor dos debates da medida que alterou as regras de concessões de seguro-desemprego e abono salarial, Fraga provocou a ira da bancada feminina ao dizer que "mulher que participa da política e bate como homem tem que apanhar como homem".
O primeiro a entrar com o pedido de representação na Corregedoria foi Fraga contra Jandira. O parlamentar alega que a colega o ofendeu ao classificar sua atitude de "fascista".
O outro representado é o deputado Glauber Braga (PSB-RJ), que mencionou em plenário que a fama de Fraga no Distrito Federal era de "matador".
Com o apoio de outros parlamentares, Jandira encaminhou uma mesma representação contra Fraga e o deputado Roberto Freire (PPS-SP), este último acusado de ter segurado seu braço.
"Na verdade ela estava tentando tirar o microfone das mãos de Roberto Freire que, em um ato instintivo, apenas afastou seu braço para continuar a falar. É lamentável, que, no momento em que o governo Dilma joga sobre as costas dos trabalhadores o peso do reajuste por conta de sua irresponsabilidade e incompetência para governar, o PCdoB se preste ao papel infame de tentar intimidar um dos líderes da oposição: o deputado Roberto Freire, presidente nacional do PPS, que, com mais de 40 anos de vida pública ilibada, tem a sua integridade reconhecida por toda sociedade brasileira", diz a nota do PPS.
Os pedidos de representação serão apreciados pela presidência da Câmara. Se houver admissibilidade dos processos, os envolvidos serão notificados e terão cinco dias para apresentarem suas defesas.
A partir das manifestações dos deputados, a Corregedoria terá 45 dias úteis para apurar o caso, ouvindo áudios e checando as informações das notas taquigráficas.
Após a preparação do parecer, a Corregedoria encaminhará o documento à Mesa Diretora, que poderá aplicar punição aos parlamentares, arquivar o caso ou levar o caso ao Conselho de Ética.
Para Jandira, Fraga tentou inverter a situação ao antecipar a ação por quebra de decoro. "Vamos pressionar para julgar essas representações", avisou.
O PCdoB protocolou uma ação penal contra Fraga no Supremo Tribunal Federal (STF) e já tem prontas as representações contra Freire e Fraga, que serão protocoladas no Conselho de Ética.