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Até quando vai fazer frio em SP? Massa de ar frio trouxe mais chuva do que o esperado

Segundo o Inmet, as chuvas da semana devem se concentrar especialmente no Sul

Frio em SP: De acordo com o Inmet, depois de uma semana com temperaturas atípicas, a amplitude térmica em todo o País deve ser menor nesta semana (Cris Faga/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 29 de agosto de 2023 às 07h54.

Última atualização em 29 de agosto de 2023 às 09h44.

Não foi somente o frio que atingiu o Sudeste do Brasil no último fim de semana. Os Estados de São Paulo e do Rio também precisaram conviver com a chuva, que chegou forte em algumas regiões, em especial no litoral. A precipitação foi maior do que o esperado para esta época do ano.

Dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres (Cemaden) do governo federal, mostram que choveu 286,6 milímetros na região de Ubatuba entre sexta-feira, 25, e a manhã desta segunda 28. São Sebastião registrou 188 milímetros no mesmo período.

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A pista da serra antiga da Rodovia dos Tamoios, principal ligação com o litoral norte do Estado de São Paulo, foi interditada na manhã desta segunda-feira. Com duas faixas, ela é usada para a descida da serra na direção de Caraguatatuba.

Até as 18 horas, a interdição prosseguia e o tráfego fluía somente pela pista nova da estrada, em operação especial, com a formação de comboios.

Fora de época

Tamanha quantidade de chuva não é incomum, mas em geral ocorre nos meses de verão e no começo do outono - “são as águas de março”, como cantou Tom Jobim. Então, por que choveu tanto nos últimos dias? Essa forte precipitação foi motivada pela chegada de uma frente fria entre sexta-feira e sábado, 26. “Na sequência a precipitação passou a ser de natureza orográfica por causa do vento úmido que vem do oceano e encontra o relevo da Serra do Mar em razão de uma forte massa de ar frio de alta pressão sobre o Atlântico”, explica a Metsul, agência de meteorologia.

Segundo a empresa, chuva orográfica é aquela induzida pelo relevo da região. No caso de São Paulo e Rio, a umidade do oceano encontrou a Serra do Mar, ascendeu à atmosfera e, por lá, encontrou condições para se transformar em chuva. “Em um exemplo bem didático e simples de entender: o que acontece se você chega na frente de um espelho e soltar ar da sua boca? O espelho, que tem uma superfície mais fria, vai ficar embaçado (úmido) e molhado. Com a chuva orográfica ocorre o mesmo”, compara a Metsul. “O ar mais úmido e quente (analogia com ar que sai da boca) encontra um obstáculo físico que é o relevo (como o espelho) e ao chegar a esta barreira, que são os morros, sobe na atmosfera e encontra temperatura mais baixa, condensando-se o vapor de água e formando chuva”, acrescenta o serviço meteorológico.

Até quando vai o frio?

De acordo com o Inmet, depois de uma semana com temperaturas atípicas, a amplitude térmica em todo o País deve ser menor nesta semana, mais dentro das características típicas do inverno brasileiro.

Em São Paulo, a temperatura deve subir lentamente até domingo, que deverá ter máxima de 29ºC; hoje deve ficar entre 14ºC e 17ºC, conforme a meteoblue.

Segundo o Inmet, as chuvas da semana devem se concentrar especialmente no Sul, com volumes acima dos 50 milímetros em grande parte da região.

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