Após romper com PT, Requião se filia ao Mobiliza e anuncia pré-candidatura à prefeitura de Curitiba
Ex-governador do Paraná deixou partido após discordar de decisões do governo Lula
Agência de notícias
Publicado em 15 de abril de 2024 às 13h59.
Última atualização em 15 de abril de 2024 às 14h05.
Depois de deixar o PT no final de março, o ex-senador e ex-governador do Paraná Roberto Requião se filiou na última sexta-feira ao Mobiliza, antigo PMN, para concorrer à prefeitura de Curitiba.
A saída do partido de Lula (PT) ocorreu após desacordos com a sigla, que deu apoio a privatizações de companhias paranaenses e deve estar no palanque do deputado federal Luciano Ducci (PSB) nas eleições da capital paranaense.
Em entrevista ao Blog do Esmael, o ex-governador afirmou que se sentia imobilizado dentro do PT.
"Eu estava imobilizado dentro do PT. Eu não conseguia conversar, eu não conseguia colocar uma opinião. E veja, eu não estou me arrependendo de ter apoiado o Lula contra o liberalismo econômico, mas para mim não basta isso. Estou vendo que hoje nós estamos indo para a social-democracia de direita", disse Requião.
Nas redes sociais, o ex-senador já havia feito críticas a Lula anteriormente. Dias antes de se desfiliar, disse que estava desiludido com os rumos da gestão:
"Surgiu a tal frente da esperança que, para mim, traz mais desesperança a cada dia. Está difícil entender o que está acontecendo. Mas foi uma fase, temos que evoluir. Continuar a crítica pesada e repensar nossa participação na política. Quero um governo que transforme o Brasil em favor da população. A tal frente da esperança não nos sinaliza hoje com nada disso. Estamos vendo a regressão."
Em relação à prefeitura de Curitiba, o PT vem enfrentando uma crise interna por ter costurado um apoio a Ducci, integrante do partido do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Além de Requião, os deputados federais Zeca Dirceu e Carol Dartora haviam sinalizado interesse em concorrer o pleito.