Alesp aprova aumento salarial de 50% para Tarcísio e elite do funcionalismo paulista
Salário do governador eleito passará de R$ 23 mil para R$ 34,5 mil. Aumento de 50% vai significar um efeito cascata em várias categorias de funcionários de carreira em São Paulo
Agência O Globo
Publicado em 29 de novembro de 2022 às 18h54.
Última atualização em 29 de novembro de 2022 às 18h55.
A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou nesta terça-feira o aumento de 50% do salário do próximo governador paulista, seu vice e secretários de Estado. Com isso, em vez de R$ 23 mil, Tarcísio de Freitas (Republicanos) receberá R$ 34,5 mil assim que assumir o Palácio dos Bandeirantes.
O projeto foi aprovado com folga na Alesp: foram 56 deputados favoráveis e apenas 6 contrários. Eram necessários ao menos 48 votos no plenário. Agora, o projeto segue para a sanção do governador.
Como o salário do governador é a referência para o teto do funcionalismo, o aumento de 50% vai significar um efeito cascata em várias categorias de funcionários de carreira em São Paulo que têm seus salários indexadas ao do governador. O impacto financeiro será de R$ 1,5 bilhão anual aos cofres públicos, segundo o governador Rodrigo Garcia (PSDB).
Além da articulação do tucano, a aprovação do projeto teve a anuência de Tarcísio, que inicialmente não quis opinar sobre o aumento de seu próprio salário, mas depois passou a defender a medida como “necessária” para aumento real ao funcionalismo.
O projeto, proposto pela Mesa Diretora da Casa, é resultado de um lobby de carreiras estaduais cujos vencimentos atingem o teto do funcionalismo, como policiais, delegados de polícia e auditores fiscais. Eles alegam que sua remuneração está sem reajuste desde 2019 em razão do congelamento do teto.
O reajuste teve resistência de deputados do Novo, da deputada Janaina Paschoal (PRTB) e do PSOL.
Confira os novos salários:
Governador
De R$ 23.048,59 para R$ 34.572,89
Vice-governador
De R$ 21.896,27 para R$ 32.844,41
Secretários de estado
De R$ 20.743,72 para R$ 31.115,58
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