Água de braço da Billings vai socorrer bairros de SP
A partir de setembro, serão revertidos 500 litros de água por segundo do Sistema Rio Grande, que abastece três cidades do ABC paulista
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2014 às 08h17.
São Paulo - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta segunda-feira, 21, o uso de um terceiro manancial para abastecer bairros da capital atendidos pelo Sistema Cantareira.
Segundo fontes da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ), a partir de setembro, serão revertidos 500 litros de água por segundo do Sistema Rio Grande - um braço da Represa Billings, que abastece três cidades do ABC paulista.
Alckmin confirmou também que vai cobrar multa de quem aumentar o consumo de água. A medida começa em maio.
Desde o início da crise no Cantareira, em janeiro, a Sabesp tem remanejado água dos Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê para cerca de 1,6 milhão de clientes da capital que eram atendidos pelo principal manancial paulista.
"Vai entrar também daqui a alguns meses o Rio Grande. Vamos substituindo várias áreas por outros sistemas", disse Alckmin durante entrega de obras e liberação de recursos na região de Franca, no interior.
O volume de água é suficiente para abastecer 150 mil habitantes. Ontem, o nível do Cantareira voltou a cair e atingiu 12% de sua capacidade, a menor marca da história.
O Sistema Rio Grande abastece cerca de 1,6 milhão de habitantes de Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema - 7% da população da Grande São Paulo. Ontem, o sistema estava com 95,6% da capacidade.
O volume de água produzido pelo Rio Grande, cerca de 4,8 mil litros por segundo, é bem menor do que o do Cantareira (33 mil litros), Alto Tietê (15 mil litros) e Guarapiranga (14 mil litros). Esses três sistemas abastecem, respectivamente, 47,3%, 17,2% e 19,8% da Grande São Paulo.
Segundo a Sabesp, o Alto Tietê passou a abastecer os bairros da Penha, Ermelino Matarazzo, Cangaíba, Vila Formosa e Carrão, todos na zona leste. A Represa do Guarapiranga socorreu os bairros Jabaquara, Vila Olímpia, Brooklin e Pinheiros, nas zonas sul e oeste da capital.
A companhia alega que são as "manobras operacionais" para fazer o remanejamento na rede que estão provocando falta dágua em São Paulo, em especial à noite, quando a pressão foi reduzida em 75%, conforme o Estado revelou na semana passada.
Para a Prefeitura, a medida significa racionamento noturno. A Sabesp nega. A região sudeste, que receberá água do Rio Grande, inclui bairros como Ipiranga e Sacomã, no limite com o ABC.
Multa
Segundo o governador, a partir do próximo mês, os cerca de 17 milhões de moradores da Grande São Paulo abastecidos pela Sabesp poderão ser multados caso aumentem o consumo de água. Para Alckmin, a medida complementa o plano de bônus da companhia que dá desconto de 30% para quem economizar ao menos 20%.
"Vamos estabelecer o ônus para quem gastar mais água", confirmou o governador. A punição vai obedecer à lógica inversa ao bônus: multa de 30% para quem gastar 20% a mais. Mesmo com as novas ações previstas, Alckmin voltou a afirmar que o racionamento de água generalizado não está descartado. "Se for necessário, será feito", disse.
Na semana passada, o comitê anticrise que monitora o Cantareira recomendou que a Sabesp se planeje para captar menos água do manancial a partir de maio. Quando a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) determinaram a redução do volume retirado do sistema, em março, a Sabesp cortou em 15% a quantidade de água vendida no atacado para São Caetano e Guarulhos. Este último decretou rodízio oficial.
Tarifa
Alckmin negou caráter eleitoreiro no adiamento do reajuste de 5,4% na conta de água da Sabesp. A medida foi autorizada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) e poderia ser aplicada a partir do dia 11 de maio. "Isso não tem nada a ver com reeleição", afirmou o tucano, que tentará se manter no cargo nas eleições de outubro.
Em nota aos investidores, a Sabesp informou que vai adotar o aumento "em data oportuna até dezembro" e anunciou corte de R$ 900 milhões no orçamento deste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta segunda-feira, 21, o uso de um terceiro manancial para abastecer bairros da capital atendidos pelo Sistema Cantareira.
Segundo fontes da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ), a partir de setembro, serão revertidos 500 litros de água por segundo do Sistema Rio Grande - um braço da Represa Billings, que abastece três cidades do ABC paulista.
Alckmin confirmou também que vai cobrar multa de quem aumentar o consumo de água. A medida começa em maio.
Desde o início da crise no Cantareira, em janeiro, a Sabesp tem remanejado água dos Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê para cerca de 1,6 milhão de clientes da capital que eram atendidos pelo principal manancial paulista.
"Vai entrar também daqui a alguns meses o Rio Grande. Vamos substituindo várias áreas por outros sistemas", disse Alckmin durante entrega de obras e liberação de recursos na região de Franca, no interior.
O volume de água é suficiente para abastecer 150 mil habitantes. Ontem, o nível do Cantareira voltou a cair e atingiu 12% de sua capacidade, a menor marca da história.
O Sistema Rio Grande abastece cerca de 1,6 milhão de habitantes de Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema - 7% da população da Grande São Paulo. Ontem, o sistema estava com 95,6% da capacidade.
O volume de água produzido pelo Rio Grande, cerca de 4,8 mil litros por segundo, é bem menor do que o do Cantareira (33 mil litros), Alto Tietê (15 mil litros) e Guarapiranga (14 mil litros). Esses três sistemas abastecem, respectivamente, 47,3%, 17,2% e 19,8% da Grande São Paulo.
Segundo a Sabesp, o Alto Tietê passou a abastecer os bairros da Penha, Ermelino Matarazzo, Cangaíba, Vila Formosa e Carrão, todos na zona leste. A Represa do Guarapiranga socorreu os bairros Jabaquara, Vila Olímpia, Brooklin e Pinheiros, nas zonas sul e oeste da capital.
A companhia alega que são as "manobras operacionais" para fazer o remanejamento na rede que estão provocando falta dágua em São Paulo, em especial à noite, quando a pressão foi reduzida em 75%, conforme o Estado revelou na semana passada.
Para a Prefeitura, a medida significa racionamento noturno. A Sabesp nega. A região sudeste, que receberá água do Rio Grande, inclui bairros como Ipiranga e Sacomã, no limite com o ABC.
Multa
Segundo o governador, a partir do próximo mês, os cerca de 17 milhões de moradores da Grande São Paulo abastecidos pela Sabesp poderão ser multados caso aumentem o consumo de água. Para Alckmin, a medida complementa o plano de bônus da companhia que dá desconto de 30% para quem economizar ao menos 20%.
"Vamos estabelecer o ônus para quem gastar mais água", confirmou o governador. A punição vai obedecer à lógica inversa ao bônus: multa de 30% para quem gastar 20% a mais. Mesmo com as novas ações previstas, Alckmin voltou a afirmar que o racionamento de água generalizado não está descartado. "Se for necessário, será feito", disse.
Na semana passada, o comitê anticrise que monitora o Cantareira recomendou que a Sabesp se planeje para captar menos água do manancial a partir de maio. Quando a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) determinaram a redução do volume retirado do sistema, em março, a Sabesp cortou em 15% a quantidade de água vendida no atacado para São Caetano e Guarulhos. Este último decretou rodízio oficial.
Tarifa
Alckmin negou caráter eleitoreiro no adiamento do reajuste de 5,4% na conta de água da Sabesp. A medida foi autorizada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) e poderia ser aplicada a partir do dia 11 de maio. "Isso não tem nada a ver com reeleição", afirmou o tucano, que tentará se manter no cargo nas eleições de outubro.
Em nota aos investidores, a Sabesp informou que vai adotar o aumento "em data oportuna até dezembro" e anunciou corte de R$ 900 milhões no orçamento deste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.