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AGU vai à Justiça em busca de R$ 893 milhões de desmatadores da Amazônia

Nas ações, a AGU pede a indisponibilidade de bens e valores de 23 réus e 41 pessoas correlatas ao crime ambiental

(Mayke Toscano/Secom-MT/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de setembro de 2020 às 13h51.

Última atualização em 25 de setembro de 2020 às 13h59.

A Advocacia-Geral da União (AGU) ajuizou um bloco de 27 ações civis públicas cobrando 893 milhões de reais de desmatadores da Amazônia . A ofensiva jurídica exige a reparação por danos ambientais causados em cerca de 35.000 hectares de floresta, segundo informou a pasta.

Os municípios desmatados estão distribuídos nos estados de Rondônia, Roraima, Pará, Mato Grosso e Amazonas: Alto Paraíso (RO), Ulianópolis (PA), Marabá (PA), Nova Maringá (MT), Lábrea (AM), Machadinho D'Oeste (RO), Nova Aripuanã (AM), Santa Cruz do Xingu (MT), Mucajaí (RR), São Feliz do Xingu (PA), Manicoré (AM) São Felix do Araguaia (MT) e Peixoto de Azevedo (MT).

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Nas ações, a AGU pede a indisponibilidade de bens e valores de 23 réus e 41 responsáveis solidários (pessoas correlatas ao crime). Segundo Assessoria de Comunicação da pasta, o objetivo do bloqueio é assegurar que os investigados não tomem medidas para ocultar o patrimônio.

Este é o terceiro lote de ações contra desmatadores ajuizado pela Advocacia-Geral da União no último ano. Nos outros dois, foram protocoladas 45 ações totalizando 1,3 bilhão de reais.

"Com isso, a Advocacia-Geral já requereu a reparação ambiental de 95.000 hectares, quase 2,2 bilhões de reais expressos em pecúnia. Até o momento, a atuação da equipe de procuradores federais e advogados da União já garantiu, na Justiça, o deferimento de pedidos de bloqueio que equivalem a 571 milhões de reais", informou a AGU.

As iniciativas são coordenadas pela Força-Tarefa em Defesa da Amazônia, instituída pela AGU em setembro do ano passado para atuar em demandas judiciais específicas que tenham por objeto o exercício do poder de polícia, a reparação dos danos e a execução de créditos considerados prioritários relativos à Amazônia Legal.

Além de acompanhar as ações contra os infratores, a equipe composta de membros da Procuradoria-Geral Federal (órgão da AGU que representa judicialmente autarquias como Ibama e ICMBio) e da Procuradoria-Geral da União também atua em execuções fiscais de grandes devedores ambientais, é responsável pelo diálogo com outros órgãos e entidades da administração pública que desenvolvam políticas públicas na Amazônia e por propor medidas para aumentar a efetividade das ações judiciais movidas em defesa do meio ambiente.

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