Brasil

AGU cobra R$152 mi por danos ambientais em obra da Transolímpica

A ação envolve, entre outros, o consórcio que realizou a obra formado pelas construtoras Odebrecht, Camargo Correa, OAS e Andrade Gutierrez

Rio 2016: o órgão afirma que os responsáveis degradaram uma área de preservação em um bairro da zona oeste do Rio (Thomas Peter/Reuters)

Rio 2016: o órgão afirma que os responsáveis degradaram uma área de preservação em um bairro da zona oeste do Rio (Thomas Peter/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 15 de setembro de 2017 às 22h13.

Brasília - A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação para cobrar uma indenização no valor de 152 milhões de reais dos responsáveis por danos ambientais causados à Mata Atlântica durante a construção da rodovia Transolímpica, no Rio de Janeiro.

A ação envolve, entre outros, o consórcio que realizou a obra formado pelas construtoras Odebrecht, Camargo Correa, OAS e Andrade Gutierrez, além do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e o município do Rio de Janeiro.

Segundo a assessoria de imprensa da AGU, o órgão afirma que os responsáveis degradaram uma área de preservação em um bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, extraindo ilegalmente minérios que foram utilizados na obra. O local está inserido na Área de Proteção Ambiental (APA) do Morro do Cachambi, situada na Zona de Amortecimento do Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB), importante corredor ecológico entre o Parque Nacional da Tijuca.

O processo foi movido a partir de uma denúncia feita pela organização não-governamental (ONG) Defensoria Socioambiental ao Ministério Público Federal (MPF). O dano foi constatado por peritos ambientais do MPF, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Policia Federal.

"As provas trazidas pela União demonstram o inequívoco dano ao patrimônio público e ambiental, à sociedade como um todo, bem como o enriquecimento ilícito dos réus", pontuam os advogados da União na ação.

Para a AGU, os responsáveis não só devastaram um bioma importante, como utilizaram, comercializaram e enriqueceram ilicitamente com a extração ilegal dos minérios. "Portanto, somente serviu para enriquecer alguns em detrimento da própria sociedade", conclui a AGU, lembrando que os responsáveis já respondem ação penal movida pelo MPF por causa das irregularidades.

Mais de Brasil

Jogo do Tigrinho deverá ter previsão de ganho ao apostador para ser autorizado; entenda as regras

Após águas baixarem, fóssil achado com 'preservação quase completa', é um dos mais antigos do mundo

Três aeroportos brasileiros estão entre os mais pontuais do mundo; veja ranking

Datena começa agenda de rua da pré-campanha sem garantir se será candidato

Mais na Exame