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Aécio defende fim de coligações proporcionais nas eleições

Candidato do PSDB se declarou favorável a uma reforma política que reduza o número de partidos políticos

Aécio Neves durante o encontro “Todas com Aécio”, em São Paulo (Marcos Fernandes/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

Aécio Neves durante o encontro “Todas com Aécio”, em São Paulo (Marcos Fernandes/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 21h18.

São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, defendeu nesta quarta-feira o fim das coligações proporcionais nas eleições e se declarou favorável a uma reforma política que reduza o número de partidos políticos.

Em entrevista ao Jornal da Record, o presidenciável tucano também disse que governará com aqueles que apoiarem seu projeto e disse ser "desde sempre" oposição ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e ao ex-presidente da Casa José Sarney (PMDB-AP).

"Eu sou o único candidato que apresenta uma proposta de reforma política clara, que por exemplo reduz o número de partidos políticos. As duas outras candidatas não falam nisso", disse Aécio, se referindo a Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB).

"Quero acabar com as coligações proporcionais, eu quero mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos sem reeleição, para que eu possa negociar com partidos políticos."

Ele disse ser oposição a Renan em Alagoas e a Sarney no Maranhão, mas que não fazia disso "marketing político". No governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB de Aécio, Renan chegou a ser ministro da Justiça.

Indagado se buscaria apoio do PMDB no Congresso se eleito disse: "eu vou buscar apoio daqueles que apoiarem o nosso projeto".

Inflação

O tucano voltou a criticar o governo Dilma por conta da inflação, lembrando que foi no governo de Fernando Henrique que ocorreu a estabilização da economia.

"Quem traz a inflação de 1.600 (por cento ao ano em 1994) para 7 por cento (ao ano no fim do governo FHC), como nós trouxemos, tem mais capacidade de controlar a inflação do que quem entregará, depois do nosso período democrático pela primeira vez, a inflação maior do que recebeu, que é o caso da presidente Dilma", disse.

"A atual candidata e presidente da República não teve a capacidade necessária de inspirar confiança nos mercados, atrair investimentos e combater a inflação. Por isso que a nossa candidatura é aquela que vai enfrentar, como enfrentamos no passado, a inflação."

Aécio voltou a lembrar que Marina foi integrante do PT por mais de 20 anos e que, quando estava no partido, acompanhou as posições petistas contrárias ao Plano Real e à Lei de Responsabilidade Fiscal.

O tucano reconheceu que foi "um erro" não fazer o teste do bafômetro quando foi parado em uma blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro em 2011, mas voltou a se justificar afirmando que não se submeteu ao equipamento que detecta embriaguez por estar com a carteira de habilitação vencida.

"Foi um erro, e no meu caso porque a carteira estava vencida há 30 dias, então não tinha como eu fazer e voltar dirigindo. Mas um erro. Eu sou um homem do meu tempo, reconheço erros, tenho uma vida pública de 30 anos de serviços prestados ao país", justificou-se. 

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