Advogado bolsonarista pede ao STF liberdade coletiva para 'presos políticos'
O advogado argumenta que os detidos são 'presos políticos'. A Polícia Federal (PF) já liberou 599 pessoas por 'questões humanitárias'
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de janeiro de 2023 às 18h36.
Em meio ao assombro mundial, ante tamanha violência dos radicais que intentaram domingo, 8, ato golpista sem precedentes desde a redemocratização do País, o advogado bolsonarista Carlos Klomfahs defende a tese de que a 'desobediência civil é típica das democracias'.
Ele pediu para entrar como amicus curiae na ação que proibiu o bloqueio de vias em todo País e determinou a prisão em flagrante de radicais que obstruam vias ou invadam prédios públicos. O mecanismo permite que terceiros interessados acompanhem o processo e apresentem informações que possam subsidiar a decisão dos ministros.
Em representação protocolada no Supremo Trbunal Federal — a própria Corte alvo do vandalismo —, Klomfahs pede liberdade coletiva a mais de mil bolsonaristas aprisionados ainda na Praça dos Três Poderes e no acampamento montado em frente ao QG do Exército, em Brasília.
Ele afirma que não se refere aos envolvidos em 'atos de vandalismo', mas aos manifestantes que 'pacificamente pedem o cumprimento da Constituição pelos Três Poderes'.
O advogado argumenta que os detidos são 'presos políticos'. A Polícia Federal (PF) já liberou 599 pessoas por 'questões humanitárias': são idosos, pessoas com problemas de saúde e mães com crianças.
Klomfahs afirma ainda que o STF trata 'discrepância, incongruência e parcialidade' as manifestações 'da direita e da esquerda'.
Partiu do ministro Alexandre de Moraes a ordem para proibir os protestos extremistas. A decisão foi confirmada pelos demais ministros em julgamento extraordinário no plenário.