Acusados pela morte de Marielle usam "jogo do Flamengo" como álibi
Queiroz e Lessa afirmam que na noite de 14 de março de 2018 foram a um bar assistir a partida do rubro-negro e que ficaram bebendo até de madrugada
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de novembro de 2019 às 16h19.
Os suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz deram depoimento ao Ministério Público no qual negaram participação no crime.
Eles afirmaram que naquela noite de 14 de março de 2018 foram a um bar assistir a uma partida do Flamengo pela TV e que ficaram bebendo até por volta de quatro horas da madrugada.
Naquela noite, a equipe rubro-negra enfrentou o Emelec, do Equador.
Atualmente presos na penitenciária de segurança máxima de Porto Velho, eles falaram à Promotoria por videoconferência no dia 4 de outubro.
Queiroz confirmou que esteve na casa de Lessa no condomínio Vivendas da Barra, mesmo local onde mora o presidente da República, Jair Bolsonaro.
Quando questionado se conhecia outra pessoa no condomínio, além de Lessa, o ex-PM respondeu que não. E acrescentou. "E o presidente da República, né?"
A Promotoria também quis saber por que Queiroz e Lessa procuraram parlamentares do Rio na internet. Queiroz disse que havia feito várias buscas, mas não lembrava os nomes.
Quanto ao deputado federal Marcelo Freixo, do mesmo partido e padrinho político de Marielle, o ex-PM disse que "despertava interesse por ter sido candidato a prefeito".
Disse, ainda, que concorda com "pautas da esquerda, como ser contra a reforma da Previdência".