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Acusados de matar Marielle participam de audiência por videoconferência

Os dois vão prestar seus primeiros depoimentos à Justiça, mas só depois que as 20 testemunhas arroladas no caso forem ouvidas

Ronnie Lessa: o policial militar (à esq.) reformado é apontado como autor dos disparos que mataram Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, no Rio (//Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de junho de 2019 às 20h52.

Rio de Janeiro — Os dois homens presos sob acusação de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes — o policial militar reformado Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos, e o ex-PM Élcio Queiroz, acusado de dirigir o carro usado durante o crime — participaram nesta sexta-feira (7), da primeira audiência de instrução do processo a que respondem pelo duplo homicídio.

Eles estão presos na penitenciária federal de Mossoró (RN) e acompanharam por videoconferência a audiência, que ocorreu no Fórum Central do Rio de Janeiro , no centro.

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Durante a audiência os dois vão prestar seus primeiros depoimentos à Justiça sobre os assassinatos de Marielle e Anderson, mas isso só vai ocorrer depois que forem ouvidas as testemunhas — primeiro as de acusação e depois as de defesa. Como estão arroladas para depor mais de 20 pessoas, a audiência seria interrompida na noite desta sexta-feira e retomada na próxima semana.

Oficialmente, no entanto, não há informações sobre a audiência, porque o processo tramita em segredo de Justiça . A imprensa não teve acesso à sala onde as testemunhas foram ouvidas.

A primeira a ser ouvida, por volta das 14h, foi um policial militar que participou da investigação do caso. Ele deu detalhes sobre os elementos que permitiram apontar Lessa e Queiroz como autores do crime.

Em seguida foi ouvida a viúva do motorista Anderson Reis, Ágatha Reis, que relatou a rotina do marido, morto por acaso - a intenção dos criminosos, segundo a Polícia Civil , era atingir Marielle, mas ele estava na linha dos tiros.

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