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Abastecido por energia da Venezuela, Roraima sofre com cortes de luz

O governador do estado, Antônio Denarium, determinou a urgência na construção do linhão de Tucuruí, que vai permitir interligar o estado ao sistema nacional

Fronteira: Roraima é o único estado do Brasil que recebe energia da Venezuela (Ricardo Moraes/Reuters)

Fronteira: Roraima é o único estado do Brasil que recebe energia da Venezuela (Ricardo Moraes/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de fevereiro de 2019 às 17h14.

O governador de Roraima, Antônio Denarium, afirmou neste domingo (24), em coletiva de imprensa, que foi determinada a urgência na construção do linhão de Tucuruí, que vai permitir interligar o estado ao sistema elétrico nacional.

Atualmente, o estado depende do fornecimento de energia por parte da Venezuela e o agravamento da crise política no país vizinho tem prejudicado a oferta do serviço.

"Com esse agravamento da crise política na Venezuela, nós já estamos tendo alguns cortes durante o dia, do fornecimento [de energia]", afirmou.

Segundo ele, em uma reunião por videoconferência com o presidente Jair Bolsonaro, na última sexta-feira, ficou acertado a prioridade dos investimentos no setor, para que o estado deixe de depender da compra de energia da Venezuela.

"Já teve um alinhamento, por parte do governo do estado de Roraima, com o presidente Bolsonaro, sobre a construção do linhão de Turcuruí. Fizemos uma reunião e ficou determinada a urgência", informou.

Roraima é o único estado que não está interligado ao sistema elétrico nacional. Desde julho de 2001, grande parte do estado, incluindo a capital, Boa Vista, é suprida por energia elétrica proveniente da Venezuela, por meio de um sistema de transmissão situado parte em território venezuelano, parte em território brasileiro.

O contrato da Eletronorte com a Corpoelec, empresa encarregada do setor elétrico na Venezuela, prevê o fornecimento de até 200 megawatts (MW) para a empresa de distribuição de energia local, Eletrobras Distribuição Roraima.

O prazo final do contrato é 2021 e, até o momento, a empresa não manifestou interesse em renová-lo. Desde 2010, a Corpoelec passou a reduzir o montante de energia exportada, trazendo dificuldades ao atendimento do mercado do estado de Roraima.

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