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5 políticos para ficar de olho na volta do recesso

Nomes da Câmara, do Senado e da Esplanada devem dividir os holofotes no segundo semestre

Congresso: Aprovação de pautas econômicas e desfecho do impeachment são principais fatos na volta do recesso (José Cruz/Agência Brasil)

Marcelo Ribeiro

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 10h56.

Brasília – O retorno das atividades no Congresso após o recesso promete ser movimentado. Diante desse ambiente, EXAME.com elencou os políticos que devem assumir papel de protagonismo na volta dos parlamentares ao batente.

Nomes importantes da Câmara dos Deputados , do Senado Federal e da Esplanada dos Ministérios merecem atenção especial no segundo semestre de 2016.

Além do desafio de votar as pautas econômicas, há a expectativa sobre o desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

Rodrigo Maia (PMDB-RJ)

(REUTERS/Adriano Machado)

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O novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, tem como principal desafio tentar igualar a mesma influência que seu antecessor Eduardo Cunha (PMDB-RJ).


O peemedebista corre contra o tempo para evitar que sua gestão seja marcada pela inoperância. Pautas econômicas como a renegociação da dívida dos estados com a União e a discussão sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que fixa um teto para os gastos públicos - devem ser suas prioridades.

Outro desafio admitido pelo próprio Maia será uma eventual falta de quórum, diante da Olímpiada e das eleições municipais.

André Moura (PSC-SE)

(Diogo Xavier/Câmara dos Deputados)


Outra figura que centralizará as atenções na Câmara é o líder do governo na Casa André Moura. Caso o impeachment de Dilma seja concretizado, a liderança do governo da Câmara será um dos mecanismos que voltará a ter protagonismo depois de muito tempo.

Aliado de Cunha, Moura terá que se desvencilhar da imagem do padrinho político e ajudar Maia a emplacar medidas que sejam essenciais para a retomada da economia. Se não conseguir, sua permanência na liderança do governo estará em risco.

Renan Calheiros (PMDB-AL)

(Ueslei Marcelino / Reuters)



O presidente do Senado, Renan Calheiros, deve concentrar as atenções dos parlamentares e do Palácio do Planalto até a votação do impeachment no Senado.

Desde que o presidente interino Michel Temer (PMDB) assumiu o comando do Planalto, Renan tem sido consultado constantemente. A estratégia de Temer é garantir que o peemedebista dê celeridade para a votação do impedimento de Dilma e que priorize a votação de pautas importantes para que a economia se restabeleça.

Henrique Meirelles (PSD-SP)

(Ueslei Marcelino / Reuters)


Considerado um dos nomes mais fortes do governo interino, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deve manter papel central nos próximos meses.

Um dos responsáveis por tentar reconduzir a economia brasileira aos trilhos, Meirelles precisará do apoio do poder Legislativo para emplacar as principais pautas econômicas. Só assim conseguirá evitar o temido aumento da carga tributária.

Vale acompanhar ainda a relação entre a equipe econômica liderada por Meirelles e a equipe política liderada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS). Habilidoso, Meirelles vem demonstrando interesse em dar “pitacos” na coordenação política do governo.

Alexandre de Moraes (PSDB-SP)

(Ueslei Marcelino / Reuters)

Os rumores de que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro poderiam sofrer com atentados terroristas colocaram os holofotes sobre o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

O tucano tem sido um dos ministros mais atuantes e vem ganhando espaço inclusive para suceder o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a partir de 2019.

Rígido nos tratos, Alexandre se aproximou recentemente do presidente da Câmara para falar sobre um projeto do senador licenciado José Serra (PSDB-SP), atual ministro de Relações Exteriores, que aumenta de três para dez anos o limite da pena para menores infratores que tenham cometido crime hediondo, como homicídio, latrocínio, estupro e lesão corporal dolosa.

EXTRA: Ricardo Lewandowski

(Evaristo Sa/AFP)

Assim como Renan, o presidente do Supremo Tribunal federal (STF), o ministro Ricardo Lewandowski centraliza atenções por causa da votação do impeachment de Dilma. Vale lembrar que ele é o presidente do processo no Senado.

O presidente do STF é o responsável pelo recebimento de recursos da comissão do impeachment no Senado e pela condução do eventual julgamento final.

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