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6 milhões de doses da Coronavac devem chegar até segunda-feira, diz Doria

Governo do estado de SP aguarda ainda a conclusão dos testes clínicos e autorização da Anvisa para início da aplicação do imunizante

Doria: governador de SP afirmou que a vacina Coronavac deve chegar até segunda-feira (Governo de São Paulo/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de outubro de 2020 às 17h45.

Última atualização em 26 de outubro de 2020 às 18h45.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que os 6 milhões de doses da vacina Coronavac, desenvolvida pela parceria Sinovac-Butantan, deverão chegar ao país "no mais tardar" até a próxima segunda-feira, dia 2, em voo especial.

O governo do estado de São Paulo aguarda ainda a conclusão dos testes clínicos e autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ) para início da aplicação do imunizante.

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A vacina tem sido terreno de disputa entre o presidente Jair Bolsonaro e o governo do estado. Na última semana, Bolsonaro desautorizou a intenção de compra assinada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para uso da vacina pelo Sistema Único de Saúde ( SUS ). Segundo Doria, é a terceira vez que em "um ato condenável" o presidente desautoriza o ministro da Saúde.

De acordo com Doria, é "inacreditável" que o presidente do país não torça pela salvação e vida dos brasileiros. "Parece até que torce pelo contrário, porque, se torcesse a favor, torceria por todas as vacinas que, de maneira eficaz e mediante aprovação da Anvisa, pudessem ser aplicadas aos brasileiros", disse o governador. "Essa é a visão que se esperaria de um líder no Brasil", afirmou.

Reunião

Doria ainda sugeriu um encontro entre o presidente e os governadores e prefeitos brasileiros para tratar do tema. "Se o senhor presidente Bolsonaro falou tantas e tantas vezes que acredita no sistema federativo e quer manter o sistema federativo, convide os governadores para um encontro, cuja pauta seja exatamente a preservação da saúde e da vida dos brasileiros", disse Doria.

O governador de São Paulo disse lamentar que o presidente Bolsonaro "volte a dar o mau exemplo" ao não utilizar máscaras, promovendo aglomerações e sem dirigir palavras de solidariedade às vítimas da covid-19. "São 500 pessoas que morrem todos os dias. Não vejo o presidente manifestar solidariedade aos familiares dessas pessoas que perdem entes queridos", afirmou o governador tucano.

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